Madrasta que matou enteado é encontrada morta em cela de penitenciária em Corumbá

 /

Jéssica Leite Ribeiro, que cumpria pena pela morte do enteado de apenas um ano e meio, em 16 de agosto de 2018, em Dourados, foi encontrada morta na noite desta quarta-feira (5). Ela estava em uma das celas do presídio feminino Carlos Alberto Jonas Giordano, em Corumbá.

As causas da morte da detenta, que foi encontrada por colegas, ainda não foram confirmadas e a polícia investiga o caso. O corpo deve ser transladado para Dourados, a pedido de familiares, onde acontece o sepultamento.

Ela havia sido condenada a 17 anos e cinco meses de  por homicídio doloso no dia 10 de março de 2020.

 
 

A sentença foi proferida pelo  Eguiliell Ricardo da Silva, perante o Tribunal do Júri que teve início às 8h e só foi encerrado às 22h. Inicialmente, a sentença foi de regime fechado.

Entenda o caso

A madrasta Jéssica Leite Ribeiro foi presa no dia do crime e posteriormente transferida ao Estabelecimento Penal Feminino de Corumbá. Ela foi acusada pelo promotor Luiz Eduardo de Souza Sant Anna Pinheiro, da 12ª Promotoria de Justiça de Dourados.

O crime foi de homicídio qualificado pelo  de meio cruel, com a incidência da agravante de ter cometido o crime prevalecendo-se de relações domésticas e coabitação, e com a aplicação de majorante de o homicídio doloso ter sido cometido contra pessoa menor de 14 anos.

 
 

Já o pai do bebê foi condenado a um ano e 15 dias de detenção, em regime inicial aberto, porque os jurados consideraram que a omissão dele deveria ser atribuída a título de culpa (negligência), desclassificando a imputação dolosa para crime culposo, sem intenção.

Por ter permanecido mais tempo preso preventivamente do que o estabelecido na sentença condenatória, ele foi solto mediante obrigatoriedade de prestar uma hora de trabalho por dia de condenação, bem como na prestação pecuniária no valor de 20 salários mínimos, em favor da genitora da vítima.

Crime aconteceu no dia 16 de agosto de 2018 (Foto: Reprodução, Sidney Bronka)

 
 

Menino estava chorando

À época do crime, Jéssica confessou que pisou no bebê com força porque o menino estava chorando com prisão de vente. Ela relatou ainda que começou a apertar a barriga dele com a mão e depois pisou na barriga da criança, com força.

No entanto, disse que não queria matar, mas acabou se excedendo no momento de raiva. O garoto apresentou entre as lesões, uma fratura na costela que provocou a perfuração do fígado, sobre isso, Jéssica detalhou que a criança estava se virando e ela continuou pisando.

Sobre seu marido e pai do bebê, a mulher afirmou que ele não fez nada e estava preso injustamente. Acrescentou nunca tê-lo visto batendo ou maltratando as crianças, de quem é pai. Ambos foram presos no dia da morte e autuados em flagrante por maus-tratos. Na tarde seguinte, levados para audiência de custódia no Fórum de Dourados, tiveram suas prisões convertidas para preventivas.