A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento, Econômico e Agronegócio (Sidagro), promoveu nessa segunda-feira (21), em conjunto com o Observatório de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o Painel “Reforma Tributária: Alterações e Impactos Econômicos”.
O evento tratou sobre os impactos econômicos da reforma tributária que está em curso no país e que promete mexer profundamente com a economia e a vida de todos. Advogado atuante no agronegócio, Renan Lustosa de Oliveira participou do evento e disse ser muito importante estar a par das mudanças para orientar melhor seus clientes.
“Essas discussões são muito importantes, principalmente, para o nosso estado do Mato Grosso do Sul, para entendermos os impactos da reforma, porque o cenário vai mudar, principalmente no MS e no país. As tributações e impactos no agronegócio representam uma parcela muito grande do PIB”, enumera.
Para ele, um ponto que as pessoas devem estar atentas é o preço para o consumidor final. “Na sociedade em si, acredito, que vai impactar no preço dos alimentos. Penso que a reforma tributária vai simplificar essa malha tributária, mas o nosso receio é que isso fique mais caro, porque para manter o Estado custa caro”, conclui Renan.
Já o acadêmico do curso de Ciências Econômicas da UFMS, Lineu Borges Filho, considera de grande importância a participação tanto da semana acadêmica do curso de Ciências Econômicas, quanto do debate a respeito da Reforma Tributária.
“Estão sendo apresentadas diversas visões do mesmo assunto. Hoje nós tivemos a visão do Corecon, que é o nosso Conselho, além disso, tivemos uma palestra do setor varejista, que é o setor mais importante da nossa economia, e temos poucas análises dele, então é muito interessante ter a perspectiva, a voz das pessoas que representam o setor do varejo. Além disso, esse tipo de evento nos ajuda a moldar os conceitos contemporâneos dos acontecimentos modernos e passados, para ter uma visão futura”, explica.
Para o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, o debate foi importante por explanar a complexidade tributária, decorrente não só da quantidade de tributos e obrigações acessórias, mas também das inúmeras exceções e regimes diferenciados que causam impactos nas empresas brasileiras que gastam mais com funcionários, contadores e advogados do que outros países.
A mesa de discussão foi composta pelo presidente do Conselho Regional de Economia do Mato Grosso do Sul, Hudson Garcia; pela presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul, Inês Santiago; pelo gerente Técnico do Sistema Famasul/Senar, José Carlos de Pádua Neto; pelo gerente de Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende Martins e pelo professor tributarista da UFMS, Emanoel Marcos de Lima.