As obras da Rota Bioceânia estão a todo vapor em Porto Murtinho. A ponte que ligará o Brasil ao Chile também traz planos de crescimento para os municípios. O impacto direto é previsto para economia, negócios e industrialização, mas tem previsão de beneficiar ainda as áreas social, do turismo e da educação.
Imagens da obra foram encaminhadas ao O Pantaneiro e demonstra que a grande estrutura está sendo montada em meio ao Rio Paraguai.
O município de Porto Murtinho é a porta de entrada da Rota Bioceânica, no Brasil, e um dos que prevê grande impacto econômico e social no Estado. “Porto Murtinho, que é efetivamente onde está a ponte e afunila praticamente toda a relação de transporte rodoviário naquela região. Um segundo porto é licitado e recebeu investimentos vultuosos do Estado para preparar o município para esta situação”, afirmou Riedel.
O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, diz que está atudando para atender o aumento do fluxo de pessoas e a demanda por serviços diversos que podem surgir no município. “Estamos organizando a cidade, ampliando hospital, reformando e ampliando escolas. Porto Murtinho é o portal da rota, tudo que vai entrar no Brasil, tem que parar aqui”.
Conforme o portal do MS, o impacto também deve beneficiar outros municípios da região e ao longo do trajeto da rota, como Caracol, Jardim, Bonito e Bodoquena, especialmente com o turismo.
Rota
Prevista para entrar em operação em 2025, a Rota Bioceânica se configura como novo eixo logístico da América do Sul, com o Estado em posição estratégica e central no caminho. A lógica comercial futura de Mato Grosso do Sul é construída baseada neste instrumento de integração entre o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
A obra da ponte da Rota Bioceânica que ligará as cidades de Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai, é realizada em várias frentes e registra atualmente avanço de 24,68% em nível geral.
Aproximadamente 450 pessoas trabalham no local, realizando diversas atividades nas duas margens do Rio Paraguai, que já começa a transformar todo o seu entorno com o andamento do projeto.
Boletim do Consórcio Pybra, divulgado no dia 4 de julho, apontou que do lado paraguaio 100% das estacas já foram firmadas, além de 96% dos blocos, 56% dos pilares e 40% da travessa. Já do lado brasileiro 92% das estacas já foram colocadas, 39% dos blocos e 6% dos pilares.
A ponte é fundamental para a Rota Bioceânica, corredor rodoviário que vai promover a integração geopolítica do Brasil, reduzir custos logísticos, tempo de viagem, além de promover novos investimentos em infraestrutura para o Estado, gerar novos empregos, oportunidades no setor de turismo, aumentar a importação e exportação, entre outros pontos. No dia 6 de julho, o Governo do Estado e o Governo Regional de Tarapacá, no Chile, firmaram acordo de colaboração para estreitar as relações institucionais, aproximar as economias e potencializar oportunidades de desenvolvimento com a implementação da Rota Bioceânica.