Greve dos Correios cresce no segundo dia em MS e chega a 40 municípios

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A greve dos trabalhadores dos Correios, deflagrada desde ontem em nível nacional, teve um significativo aumento no Mato Grosso do Sul neste segundo dia de paralisação. Ontem a greve atingiu, total ou parcialmente, 25 municípios do estado. Já nesta quinta o número subiu para quarenta municípios atingidos pela greve.

De acordo com a presidente do sindicato dos trabalhadores dos Correios, SINTECT-MS, Elaine Regina Oliveira, também foi constatada a adesão, em diversos municípios, de gerentes e tesoureiros de agências. “Isso é reflexo do retrocesso que a direção da empresa quer impor. Só falam em cortar e diminuir direitos. Querem excluir dependentes, como pai e mãe, do Plano de Saúde. Querem diminuir o número de tickets-refeição. Querem acabar com o vale-cultura. Quanto à reajuste salarial, a empresa nem toca no assunto. Isso causou profundo mal-estar na categoria. Nós somos a empresa estatal que paga os menores salários. Isso é fato comprovado. Esse aumento significativo de adesão, de ontem para hoje, mostra a insatisfação da categoria.”

Ela reconhece que a greve causa transtornos à população. “Reconhecemos isso. Mas perguntamos: se nós não lutarmos pela nossa valorização, se nós não lutarmos pelos nossos salários, se nós não lutarmos pelo nosso Plano de Saúde, se nós não lutarmos pelos nossos outros direitos, quem fará isso? Pedimos desculpa à população pelos transtornos. Mas são nossos direitos, nossas vidas, que estão em jogo”, afirma.

Outras questões levantadas pela categorias são: realização de concurso público para contratação (existe falta de funcionários em diversos setores o que compromete a qualidade dos serviços da empresa); não ao fechamento de agências (em MS já foram cinco agências fechadas, a última no distrito de Quebra-Côco em Sidrolândia) e contra a privatização dos Correios. Quanto aos salários, a reivindicação é de reajuste de 8%.