Uma história marcada por violência doméstica e negligência levou na automutilação de uma adolescente de 11 anos na Vila Tereré em Sidrolândia na quarta feira dia 15.
O caso veio à tona quando o caso chegou até o Conselho Tutelar.
A adolescente de 11 anos, órfã de mãe e sem contato com o pai, foi inicialmente confiada à guarda de sua tia. Após sofrer agressões, a guarda foi transferida para sua tia materna. No entanto, recentemente, a adolescente foi vítima de uma série de abusos físicos e verbais por parte da mesma pessoa que deveria protegê-la.
A situação se agravou ainda mais, quando após uma fofoca infundada sobre a adolescente, a tia atual "protetora" protagonizou um incidente na vizinhança. A adolescente foi levada até a casa do vizinho para esclarecer a situação, mas a tia fez um escândalo, humilhando a adolescente em público e proferindo xingamentos.
Durante o retorno para casa, a tia desferiu uma cintada na vítima, que, já se sentindo humilhada e sofrendo de depressão e ansiedade, começou a se automutilar com uma chave. Ao chegar em casa, a humilhação continuou com a tia difamando a adolescente para a vizinhança.
Diante de tamanha pressão emocional, a adolescente buscou refúgio no matagal nos fundos do terreno, onde foi encontrada por vizinhos preocupados. O Corpo de Bombeiros foi chamado para acalmar a vítima, que expressou seu desejo de não retornar à casa da tia, e preferiu dormir no hospital em companhia de um representante do Conselho Tutelar.
A situação tomou um novo rumo com a prisão em flagrante da tia no fim da tarde de ontem(16), após intensa busca conduzida pela equipe da Policia Civil com o apoio da Força Tática da Polícia Militar.
A vítima revelou que sua tia não leva a sério seus problemas psicológicos, interrompendo seu tratamento com psicólogo indicado pelo Conselho Tutelar. Além disso, a adolescente denunciou agressões verbais e físicas recorrentes por parte da tia.
O caso destaca a importância da atuação do Conselho Tutelar e das autoridades competentes na proteção de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade, ressaltando a necessidade de conscientização sobre a gravidade da violência doméstica.
A adolescente de apenas 11 anos de idade, ficou primeiramente no hospital, mas será encaminhada ao órgão de proteção a criança e adolescente, isso ressalta a urgência de uma intervenção efetiva para garantir sua segurança física e mental, bem como a responsabilização da agressora pelos atos cometidos.