'Tô preocupado, cara': homem se desesperou por não ter notícias da família em Sorriso; ouça

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Nas últimas horas, viralizou um áudio em que mostrava a preocupação do caminhoneiro Regivaldo Batista Cardoso em relação a sua família, que morava em Sorriso, no interior de Mato Grosso. Ele era marido de Clecy Calvi Cardoso, de 46 anos, e pai de Miliani Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, de 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos.

A mulher e as filhas foram assassinadas de forma brutal, após serem atacadas com golpes de facas e ainda foram estupradas pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, que é tratado como 'predador sexual em série' pela Polícia Civil de Mato Grosso. O crime aconteceu entre a noite de sexta-feira (24) e a madrugada de sábado (25).

Regivaldo estava em viagem a trabalho no Paraná, mas ele teria falado com a família ainda naquela sexta-feira, horas antes do crime brutal que abalou a cidade do interior de Mato Grosso. "Rapaz, eu estou desde sexta-feira de noite sem contato com minha família lá, com a minha mulher, com minhas filhas, cara, tudo desligado os telefones", disse para um amigo.

Ele chegou a questionar um colega para saber se ele não conhecia nenhuma pessoa que pudesse passar pela sua residência e verificar se estava tudo bem com as filhas e sua mulher, nem mesmo para saber se havia movimento no imóvel.

 

"Eu já estou ficando preocupado aqui, cara. Eu mando mensagem, não me responde, eu ligo no WhatsApp, não atende, eu ligo no telefone normal, vai direto pra caixa de mensagem. Eu ia pedir pra você dar uma olhada lá pra mim, passar lá em frente de casa, olhar por baixo lá do portão, ver se o carro tá em casa, ver se tem algum movimento de gente lá", conta em outro trecho do áudio de quase um minuto.

O caminhoneiro ainda faz uma ressalva importante ao demonstrar ainda mais preocupação com a situação por saber que a mulher e as filhas sempre respondiam suas mensagens. "Desde sexta-feira, o último contato com elas foi na sexta-feira à noite, no sábado de manhã, ontem de manhã [domingo], mandei mensagem, não me responderam e nada, e nada. Elas sempre respondem, cara".

Quando foi avisado sobre o crime, segundo o site JK Notícias, de Sorriso, Regivaldo "ficou sem chão". O caminhoneiro deixou o Estado do Paraná ainda na segunda-feira, quando o crime foi descoberto, e chegou pela madrugada na cidade interiorana de Mato Grosso.