Antonio Boneti do Nascimento, de 48 anos, que morreu após um confronto com a Polícia Militar no bairro Nova Lima, em Campo Grande, na noite do último domingo (04). O confronto ocorreu em uma residência na rua Martin Afonso de Souza, onde equipes policiais precisaram usar tonfa (cassetete) para contê-lo.
O indivíduo possuía extenso histórico criminal, incluindo anotações por crimes como ameaça, dano, injúria, vias de fato e lesão corporal, todos relacionados à violência doméstica. Considerado um conhecido da polícia na região, Boneti do Nascimento também tinha antecedentes criminais no Estado do Paraná, onde fugiu de uma cadeia pública.
Em meados de 1998, o Ministério Público do Paraná (MPPR) o denunciou à Justiça estadual por estupro de vulnerável contra sua própria filha de 1 ano e 3 meses. O MPPR destacou, na época, lesões vaginais comprovadas em laudo.
Na ocasião dos fatos, a polícia foi acionada, encontrando Boneti do Nascimento armado com um revólver em meio ao matagal. Resistindo à ação policial, foi desarmado e preso. Durante o julgamento, negou o estupro, alegando apenas porte de arma. Quanto às lesões na criança, atribuiu a uma queda, afirmando ter sido agredido pelos policiais na abordagem, versão desacreditada pelo juiz que ressaltou a falsidade das alegações.
Por crimes apontados pelo MPPR, foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão. Seu histórico prisional inclui faltas graves, como de evasão. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foi contrário à sua soltura por progressão de pena, considerando a gravidade dos crimes.
A investigação sobre sua morte está em andamento.