Um portão branco em uma rua pacata do bairro Tiradentes, em Campo Grande (MS), esconde uma história de amor inesperada: o de Jorge e Filomena, um galo e uma galinha criados por Antônia Coronel, de 68 anos. A senhora de sorriso simpático, cabelos grisalhos e um sotaque que entrega os anos que morou na Espanha, tem por vocação o cuidado, tanto por gente, quanto por bicho. Veja o vídeo acima.
Antônia mora sozinha, mas já criou 10 filhos e ainda pensa em adotar uma criança. Nesta semana, a rotina pacata, que consiste em cuidar da casa e dos sete animais, virou de ponta cabeça por causa de um de seus pets: o galo Jorge.
Jorge é acostumado com gente, chegou ainda pintinho na casa de dona Antônia, há um ano. No começo, a adaptação foi difícil, não para o galo, mas sim para os vizinhos. Isso porque Jorge canta todos os dias, cedinho e ao meio-dia.
Fase que já foi superada, explicou o radialista Carlos Araújo, que é vizinho de Antônia.
"Aqui todo mundo gosta dele, é mansinho, tá sempre passeando com a dona Antônia, ela chama e ele obedece. De manhã, ele canta e a gente já fala: olha o Jorge cantando", disse.
'Galo investigado'
Galo Jorge, na casa de dona Antônia. — Foto: Débora Ricalde
No dia do "destempero", a tutora afirmou que Jorge estava amarrado com uma corda improvisada em uma árvore da praça mais próxima, ciscando, e a turista chegou perto demais da ave. "Ele nunca atacou ninguém, ela que mexeu com ele", afirmou.