Responsável pelas maiores operações policiais de MS, Delegado Peró deixa o Garras

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Em uma série de mudanças significativas dentro da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o delegado Fábio Peró, um nome amplamente reconhecido por sua liderança na Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), deixa o cargo para assumir um novo papel na Academia de Polícia Civil de MS como coordenador de Assuntos Educacionais, conforme publicação no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (7). Em seu lugar, assume o delegado Guilherme Scucuglia César, indicando uma reestruturação dentro da unidade especializada.

Em sua vasta experiência e conhecimento no combate ao crime organizado, Peró, em 10 anos à frente do Garras, dirigiu algumas das operações policiais mais significativas do estado, incluindo a elucidação de casos de organizações criminosas especializadas em assaltos a bancos em todo o país. A principal delas foi o caso do Banco do Brasil Central, onde um túnel estava sendo cavado. A investigação resultou na prisão de 6 dos 8 suspeitos. Ele também participou da operação conhecida como Novo Cangaço, que se caracterizava pelo roubo a bancos com o uso de fuzis de grosso calibre e granadas, e cujo um dos assaltos foi em Sonora.

Peró também teve um papel crucial em outras investigações importantes, como a Operação Omertà, que combateu milícias armadas ligadas à exploração do jogo do bicho na capital e no estado, um caso que culminou com a prisão de membros da organização criminosa e expôs conexões com tráfico de drogas, contrabando e outras atividades ilegais.

Ele participou ativamente na investigação do assassinato de Marcel Hernandes Colombo, conhecido como "Playboy da Mansão", um caso que ganhou notoriedade nacional pela sua complexidade e pelos detalhes sórdidos revelados. Também esteve envolvido na operação que desmantelou o Bando do Zé de Lessa, fundador da maior facção criminosa da Bahia, o BDM (Bonde do Maluco), conhecido como o maior assaltante de carro-forte do Brasil, e responsável pelo assalto a um carro-forte em 6 de junho de 2017, na região de Amambai, a 352 quilômetros da capital. Além disso, esteve na força-tarefa para prender  faccionados do alto escalão do PCC na fronteira com o Paraguai.