Um adolescente de 16 anos matou o pai, a mãe e a irmã, na Vila Jaguara, zona oeste de São Paulo. A tragédia familiar ocorreu na sexta-feira (17).
Após cometer os assassinatos, o autor ainda foi à padaria comprar pão e à academia. Três dias depois, o próprio suspeito ligou para a polícia e confessou o crime.
O carro da família foi visto estacionado, pela mãe, na sexta. Desde então, os vizinhos não viram movimentação na casa. O silêncio durou três dias até que o filho de 16 anos, que se diz adotivo, ligou para a Polícia Militar dizendo que havia assassinado o pai - um Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade de Jundiaí - a mãe e a irmã. Ele teria usado a própria arma do pai para cometer os crimes, mas esta informação não foi confirmada oficialmente.
O crime teria sido motivado após um desentendimento com a família, segundo informações iniciais: os pais tiraram o celular do jovem como punição. O rapaz só teria entrado em contato com a polícia para confessar por não estar aguentando o cheiro dos corpos em decomposição, dentro da residência.
Em conversas informais com vizinhos, os moradores relataram não ter ouvido disparos. Ainda de acordo com os vizinhos, a família morava no local há cerca de dois anos e eram "muito reservados". O adolescente aparentava ter "problemas psicológicos" e um dos moradores próximos, que não estava em casa no momento do crime, afirmou que discussões eram constantes, "principalmente entre o pai e a filha".
Ao chegar na casa da família, na noite do domingo (19), os militares encontraram os corpos de pai e mãe na cozinha e o corpo da irmã no andar superior. Diante disso, o menor foi conduzido à delegacia. Uma equipe da Polícia Civil esteve no local para apurar o crime. Os corpos e o imóvel foram periciados por uma equipe da polícia científica.