Empresário de apostas esportivas é preso em carro blindado

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Odiney de Jesus Leite Júnior, de 43 anos, comerciante em Campo Grande, foi preso no fim da tarde de ontem (26), no Jardim Tijuca, com veículo de luxo blindado que foi furtado em São Paulo. Interrogado, ele apenas informou que trabalha com um aplicativo de apostas esportivas.

A bordo de um Audi Q5 preto, ele foi parado pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais), na Avenida Nasri Siufi, no Jardim Tijuca. O homem apresentou a documentação pessoal e então os policiais constataram que tinha extensa ficha criminal, entre tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, e outros crimes.

Odiney ficou nervoso com a abordagem e entrou em contradição ao dizer quem era o dono do carro de luxo. Em uma checagem minuciosa, o Bope percebeu adulteração no chassi e constatou que o Audi havia sido furtado em Campinas, interior paulista. Ele acabou preso em flagrante.

Interrogado, disse não saber que o Audi era adulterado e furtado. Contou que trabalha com uma empresa de apostas esportivas e que o diretor desta empresa chegou em Campo Grande há cerca de três meses. Mas, devido a um problema particular, precisou voltar às pressas para São Paulo, deixando o Audi com Odiney.

O homem disse que chegou a realizar viagens com o carro e acreditava estar regular. Ontem, decidiu ir buscar o sobrinho na escola, pois o Audi estava há muito tempo parado na casa, quando então acabou parado pelo Bope.

Odiney tem passagens por tráfico de drogas, crimes do sistema nacional de armas, falsificação de documento público, ameaça e homicídio qualificado. O advogado dele, Rodrigo Dalpiaz, disse que sobre as passagens, Odiney já cumpriu as penas.

Sobre a prisão com o carro, afirmou que o cliente não sabia sobre a adulteração e furto. "Era da empresa que ele trabalha. Estava andando há mais de 6 meses, já foi parado pela polícia em BR e nunca detectaram nada", disse.

A reportagem apurou que o pai de Odiney é policial civil aposentado, que responde judicialmente por enriquecimento ilícito e é citado na operação Xeque-Mate, da Polícia Federal. No processo que respondeu junto com Sérgio Roberto de Carvalho, o "Major Carvalho", a Promotoria do Patrimônio Público cita ato de improbidade administrativa feito por servidores públicos estaduais para que tolerassem exploração de jogos de azar.