A expedição para vistoria técnica no Rio da Prata, que secou por trecho de 6 quilômetros em Jardim, tem previsão de começar na terça-feira (dia 30). Na segunda à tarde, a equipe do IHP (Instituto Homem Pantaneiro) se desloca de Corumbá para Jardim.
Na terça, serão verificadas as áreas do banhado no município de Bonito. Na quarta-feira, a varredura será nos pontos onde o Rio da Prata some até onde ressurge. No dia primeiro de agosto, a vistoria será nas áreas do banhado no município de Jardim. A expedição termina na sexta-feira, com retorno a Corumbá.
O levantamento é um pedido do promotor de Jardim, Allan Carlos Cobacho do Prado. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) instaurou no último dia 12 procedimento que apura as causas da seca e sujidade no rio.
Documentos anexados ao procedimento da promotoria de Jardim mostram que o Prata tinha barragem improvisada com sacos de ráfia e terra perto de “sumidouro”, ponto em que o rio passa a correr de forma subterrânea. A reportagem apurou que os invólucros estavam a dois quilômetros acima da Ponte do Curê, na MS-178, em Jardim.
A escassez hídrica assola a Região Hidrográfica do Paraguai, onde fica o Prata. A situação é causada pela falta de chuvas regulares em Mato Grosso do Sul, mas a barragem estava contribuindo para diminuir ainda mais o fluxo do corpo hídrico.
Ao todo, o corpo hídrico tem 90,7 quilômetros de extensão. Antes e após o trecho em que desaparece, o rio segue visível e permitindo os passeios nos atrativos. O Prata corre por Bonito e Jardim. Ele nasce na região da Serra da Bodoquena e deságua no Miranda, que é tributário do Rio Paraguai, o principal do Pantanal. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS