Parece cena de filme o incêndio que se propagou ontem (1º) em área do Pantanal do Rio Negro, em Mato Grosso do Sul. O vídeo acima circula nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp de fazendeiros da região, dando uma ideia de como está crítico o cenário.
O que se ouve é o som das rajadas de vento, que ultrapassaram os 50 km/h no Pantanal, de acordo com monitoramento do Corpo de Bombeiros. A ventania faz as chamas se alastrarem e, aliada às altas temperaturas e seca extrema, dificulta o trabalho de combate.
"A ameaça é significativa para o Parque Estadual do Rio Negro e as regiões ribeirinhas, devido à rápida propagação do incêndio. Nesta quinta-feira, 1º de agosto, uma aeronave sobrevoou a área e realizou lançamento de água com intuito de conter as chamas ou reduzir a intensidade do fogo e apoiar os esforços das equipes no terreno. O trabalho in loco dos militares é fundamental para minimizar os danos e proteger o ecossistema e as comunidades locais", registraram os bombeiros no último boletim divulgado sobre o combate aos incêndios nas regiões pantaneiras.
A reportagem ainda não conseguiu identificar o local onde o vídeo foi gravado, mas segue em apuração.
No Pantanal de Aquidauana, ao lado de Rio Negro, brigadistas do PrevFogo do Ibama (Instituto de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) registraram um redemoinho formado pela força dos ventos no mesmo dia. Veja:
Agosto - O mês começou com nova intensificação nos incêndios que atingem o bioma em Mato Grosso do Sul, após uma trégua no início de julho. A situação é alarmante desde o fm de maio.
O número de focos em combate direto pelos bombeiros com apoio de outras brigadas, era oito até a noite de ontem.
A área que já virou cinzas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, este ano, 758.025 hectares, segundo o Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro). A perda para o fogo já é maior que a registrada em todo o 2022 e 2023.