Uma das atividades que mais atraem o público na Semana de Ciência e Tecnologia do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) são as feiras cientÃficas. Realizadas nos dez municÃpios onde a instituição tem campus, as feiras reúnem trabalhos de estudantes dos nÃveis fundamental e médio da rede pública e privada.
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Nesta quarta-feira, 18, foram abertas a Feira de Ciência e Tecnologia da Região Sudoeste em Jardim (Fecioeste) e a Feira de Ciência e Tecnologia da Fronteira de Ponta Porã (Fecifron).
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Amanhã, 19, tem inÃcio a exposição de trabalhos na Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Fecintec), na Feira de Ciência e Tecnologia do Pantanal em Corumbá (Fecipan), na Feira de Ciência e Tecnologia de Coxim (Fecitecx), na Feira de Ciência e Tecnologia da Grande Dourados (Fecigran) e na Feira de Ciência e Tecnologia de Naviraà (Fecinavi).
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Em Aquidauana, a Feira de Ciência e Tecnologia (Feciaq) foi aberta na segunda-feira, 16. Já a Feira de Ciência e Tecnologia de Três Lagoas (Fecitel) e a Feira de Ciência e Tecnologia de Nova Andradina (Fecinova) tiveram inÃcio nessa terça-feira, 17.
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Em Nova Andradina, estão expostos 53 trabalhos de estudantes do ensino fundamental (6º ao 9º ano), médio e egressos do IFMS. Participam alunos das escolas públicas e privadas de Nova Andradina, Batayporã e Taquarussu.
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Ensino fundamental – Os trabalhos abordam temas variados. Um dos projetos apresentados pelos alunos do 8º ano da Escola Municipal Ireni Linda Riole Crivelli, de Taquarussu, intitula-se “História e tecnologia: traços sociaisâ€.
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Por meio de questionários aplicados com moradores das zonas urbana e rural, o trabalho se concentrou no uso social das tecnologias. O professor de História e orientador do projeto, SÃlio Fernando Cruz, explica que o interesse pelo tema partiu dos próprios estudantes.
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“Durante a aulas, eles se mostraram interessados pela história das tecnologias, principalmente a maneira como as computadores e aparelhos celulares evoluÃram para os que temos hoje. Dessa forma, procuramos realizar um trabalho que aliasse o interesse deles com o uso social das tecnologias, em consonância com o objetivo da feiraâ€, pontuou.
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O professor destaca ainda que foi a primeira participação dos estudantes em uma feira cientÃfica, o que os coloca em contato com o conhecimento produzido pelos demais participantes.
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“Para eles é tudo novidade, ainda estão um pouco nervosos, pois nunca viram um número tão grande de pessoas em um evento como esse. Passada a ansiedade inicial, esperamos que eles possam ampliar a visão de mundo e de ciência que têm, servindo de incentivo para prosseguirem suas pesquisasâ€, reforçou.
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Ciência e prevenção – Outro trabalho apresentado na Fecinova intitula-se “Sustentabilidade e combate ao Aedes aegyptiâ€, e foi desenvolvido por estudantes do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Professora Nair Palácio de Souza, de Nova Andradina.
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Os estudantes produziram um filtro de baixo custo para reutilização da água descartada na lavagem de roupa e louça, e também da chuva. O equipamento foi construÃdo a partir de itens como canos de PVC e filtros de piscina.
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O filtro recebe ainda a adição de dióxido de ferro, que auxilia no combate ao mosquito transmissor de doenças como dengue, malária, febre amarela e chikungunya. A água filtrada pode ser reutilizada para fins domésticos, com exceção do consumo.
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“A partir de objetos que encontramos com facilidade, criamos um filtro que alia a economia de água à prevenção ao Aedes aegypti. Também optamos pelo dióxido de ferro ao invés do cloro, porque o primeiro causa menos danos ao meio ambiente, reforçando a preocupação que temos com o desenvolvimento de ferramentas sustentáveisâ€, explicou o estudante Thomas Ruckl, um dos autores do trabalho.
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A professora do IFMS, Ana Carolina Motta, uma das coordenadoras da Fecinova, destaca que um dos objetivos da feira é reunir trabalhos nas mais diversas áreas do conhecimento que possam ter aplicação no cotidiano.
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“A intenção é abrir espaço para que os estudantes possam expor o resultado dos esforços feitos ao longo dos últimos meses. Outra função nossa é despertá-los para a importância da ciência junto à sociedade e à implicação que ela tem para o nosso dia a diaâ€, comentou.
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A Fecinova pode ser visitada até o final da tarde desta quarta-feira, 18, no Tatersal de Leilões de Nova Andradina, que fica no prolongamento Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade, s/nº (saÃda para Campo Grande). A cerimônia de premiação ocorrerá na sexta-feira, 20, à s 7 horas, na Câmara Municipal.
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Feiras – No total, o IFMS registrou 673 inscrições de trabalhos nos dez campi, número recorde desde que o evento começou a ser realizado. Os projetos são avaliados por servidores do IFMS e demais intuições de ensino.
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Todos os autores receberão certificado de participação. Serão premiados os melhores trabalhos por nÃvel (fundamental e médio) e área do conhecimento. Também será concedida premiação aos melhores pôster/banner, maquete/protótipo, apresentação oral e relatório.
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Os dois trabalhos de nÃvel médio melhores classificados em cada feira serão credenciados para participar da Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (Fetec-MS), que ocorrerá de 8 a 11 de novembro, em Campo Grande.
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Semana de Ciência e Tecnologia – As atividades do evento seguem até o dia 21 nos dez campi do IFMS.
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Além das feiras, também são promovidos seminários, palestras, workshops, minicursos, visitas técnicas, apresentações culturais, mostra de cursos e observatório de ingressantes, profissões e egressos. Parte das atividades é aberta ao público.
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A programação completa está disponÃvel na página da Semana. O tema do evento esse ano é “A Matemática está em tudoâ€.