Notícia nesta semana por “sujar” o Prata, famoso corpo hídrico que atrai turistas para Bonito e Jardim, o Rio Verde sofre com desmatamento e assoreamento. Os danos ambientais são vistos do alto, como mostram imagens anexadas à apuração do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) sobre os perigos ao Prata.
Os dois rios se juntam em Jardim, mas num ponto distante dos atrativos turísticos do Prata, afamado pelas águas cristalinas. Quando a lama veio em localidades turísticas, como em 2018, houve forte reação, diante do grave dano ambiental. Mas o rio vermelho, que segue correndo do Verde para o Prata se tornou um problema crônico, que não comove mais ninguém.
“Realmente, o Rio Verde tem um problema grave de mata ciliar, mau uso do solo, assoreamento, processos erosivos. É importante que a gente tenha um olhar para o Rio Verde, que impacta diretamente o Rio da Prata e o Rio Miranda. Alguma coisa precisa ser feita de forma emergencial porque esses danos são muito graves para a bacia do Rio Miranda”, diz biólogo Sérgio Barreto, do IHP (Instituto Homem Pantaneiro).
Os sedimentos que vêm pelo Verde deságuam no Prata e são carregados para o Miranda, rio que enfrenta acelerado processo de assoreamento. Todos estão na região hidrográfica do Paraguai.