Armamentistas acusam Marcos Pollon de usar ONG para enriquecimento pessoal

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O deputado federal por Mato Grosso do Sul, Marcos Pollon (PL) está sendo acusado de utilizar recursos que deveriam beneficiar o movimento Pro-armas para enriquecimento da própria família. 

De acordo com uma postagem feita no 'X' por um perfil que usou pseudônimo de Emily Thorne - personagem principal da série Revenge (Vingança), o suposto 'golpe' era praticado na hora em que os interessados iam se associar, que ao invés de se filiar ao movimento, o usuário comprava um pacote de benefícios que incluía descontos, cursos digitais e assessoria em uma empresa da família de Pollon.

 

Ao acessar o site do Pro-armas, o usuário automaticamente caía em uma página com o botão em destaque "Seja Membro":

 Em seguida, o usuário era direcionado a uma página com pacotes de benefícios, onde a pessoa poderia escolher entre 4 opções: Membro 38 - R$ 10/mês; Membro 357 - R$ 38/mês; Membro 454 - R$ 100/mês e Membro 762 - R$ 150/mês:

Após contribuir, ao invés do usuário receber uma nota no CNPJ da Associação Nacional Movimento Pro-armas (AMPA), registrado no número:37.545.009/0001-98. Ele recebia no nome de Pro-armas Cursos Técnicos Ltda, empresa de CNPJ 37.782.311/0001-60, registrada no nome de Marcos Pollon.
Desta forma, o comprador pensaria que estava se filiando no Proarmas mas, na verdade, estava comprando um curso na plataforma Eduzz:

 


Vale ressaltar que o mesmo CPNJ aparece como uma Holdings de instituições não-financeiras com capital social de R$ 1,304 milhão, ligadas a Pollon onde o quadro societário conta com membros de sua família, incluindo seu Secretário parlamentar, Felipe Di Benedetto Júnior: 

Na mesma linha da postagem do 'X', Cesar Mello, 1º suplente de deputado estadual pelo Paraná, fez uma live no Youtube para discutir e explicar o afastamento do Pro-armas, na ocasião ele faz um 'passo a passo' mostrando como o suposto golpe funciona. 

Nos comentários é possível achar seguidores que se sentiram enganados e outros que saem em defesa de Pollon.

"Ajudei la no inicio, quando o membro 38 ainda era R$38, mas naquele ano mesmo começaram as confusões, e quem devia explicações só xingava em lives e não respondia nada, ai paguei só essa vez e larguei pra la, mas eu paguei achando que era pra ajudar o movimento, que eu estava contribuindo para a causa, fui um dos trouxas, mas foi só uma vez, me engane uma vez, vergonha pra voce, me engane duas vezes, vergonha pra mim...", comentou um seguidor.

"Nao é sobre armas , é sobre ganhar dinheiro em cima da causa armamentista em benefício próprio", ressalta outro internauta.

A confusão de CNPJs levanta questionamentos tanto na live, quanto na rede social 'X'. O Correio do Estado entrou em contato com a assessoria de Pollon, segue abaixo a nota:

"São dois terrenos de propriedade do meu pai que foram repassados diretamente para meus filhos, através da transformação de uma empresa inativa em uma holding, a qual não tem relação nenhuma com o Proarmas Cursos e Eventos", respondeu o deputado.

 

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