Testemunha que estava no hospital de Anastácio e viu o menino de 3 anos dar entrada com ferimentos graves e desnutrição contou que a criança exalava cheiro forte e a cena era triste. A mãe foi presa suspeita de maus-tratos contra a criança e mudou as versões sobre o estado de saúde do filho, tentando culpar a sogra e até a tia do pelas agressões.
Ao jornal Princesinha News, a testemunha contou que estava no corredor do hospital e de longe podia sentir o cheiro forte vindo da criança. "A situação era muito triste, esse caso precisa repercutir, não precisamos ir longe para ver essas coisas. Foi terrível, foi horrível", disse a testemunha.
Áudios de outra testemunha também comprovam o estado deplorável do menino vítima de maus-tratos. "Ali [no corredor do hospital] eu já vi que essa criança estava com desnutrição severa. Comecei a ter um sentimento muito ruim, comecei a chorar por ver aquela criança. Só carne e osso, parecia que não conseguia ficar em pé", contou a testemunha ao Princesinha News.
Ainda segundo ela, o menino pedia muita água. "Ele estava com muita sede, outras pessoas começaram a chorar de ver aquela situação, as pessoas ficaram emotivas de ver aquilo. Os médicos super profissionais questionaram ele e ele dizia que a mamãe batia e maltratava ele. O hospital agiu rápido, chamaram a polícia e Conselho Tutelar e levaram ela no camburão", detalhou.
O caso
A criança foi resgatada na última segunda-feira (3) devido a um caso de maus-tratos, que reuniu agressões, lesões graves e um quadro de desnutrição.
Quem levou a criança para o hospital foi a própria mãe, de 22 anos. No local, a equipe médica constatou que o menino tinha lesões pelo corpo, incluindo cabeça, queixo, braços e abdomên, além do quadro de desidratação. A complexidade do caso levou a criança ser transferida para Campo Grande.
Na presença da Polícia Militar, mãe e a avó da criança entraram em contradição. A jovem disse que deixou o filho sob cuidados da sogra enquanto ela estava numa fazenda, enquanto a avó alegou que o neto e a suspeita moravam há cinco meses na residência com ela, sendo que a mãe da criança agredia o menino - mas não interferia na criação dele.
A mãe do menino mudou a versão, indicando que as agressões foram cometidas pela irmã. Nessa versão, a mulher alegou que a tia da criança usava um cano de água e um cadarço de tênis para bater e até amarrar a criança.
Porém, a própria tia desmentiu e disse que a mãe do menino era a causadora das agressões, dizendo ainda que o ambiente em que a vítima vivia, era marcado pelo consumo de bebidas alcoólicas. Todos foram encaminhados para a delegacia e a criança ficou sob cuidados do Conselho Tutelar.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil.