A cada cinco dias, em média, uma famÃlia em Campo Grande enterrou um ente querido, vÃtima da violência no trânsito. De janeiro até o dia 24 de novembro, 56 mortes foram registradas. Em 2016, o total foi de 81 vidas perdidas, conforme a Secretaria de Segurança Pública.
A dinâmica dos acidentes são as mais variadas possÃveis, como atropelamentos e colisões. No entanto, segundo o Batalhão de Trânsito da PolÃcia Militar de Mato Grosso do Sul, dois componentes estão presentes em grande parte das tragédias: álcool e alta velocidade.
Um exemplo disso foi a morte do guarda municipal Anderson de Lira Ramos, 37 anos, e Robson Felipe Barbosa Saravy, 20 anos, na madrugada de 27 de setembro deste ano. Segundo a polÃcia, marcas de frenagem por 57 metros indicam que o condutor estaria em altÃssima velocidade para a via.
Uma das tragédias mais recente nas ruas da Capital foi a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, 23 anos, na madrugada do dia de finados. O carro dela foi atingido por uma caminhonete Nissan Frontier e arrastado por cerca de 100 metros do local da colisão.
O condutor do veÃculo, João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, estava, segundo levantamento preliminar do BPTran, a cerca de 160 km/h, na Avenida Afonso Pena. Ele fugiu sem prestar socorro à vÃtima.
Os números foram extraÃdos das ocorrências registradas como homicÃdio culposo no trânsito. Somente em maio deste ano foram oito mortes, justamente no mês dedicado à prevenção de acidentes de trânsito, o Maio Amarelo. Entre as vÃtimas está o Sérgio Augusto Barbosa Xavier Neto, um bebê de apenas oito meses.
Radares desligados
Faltam poucos dias para completar um ano da desativação dos radares fixos do trânsito de Campo Grande. O motivo é que o contrato com a empresa Perkons terminou. Uma nova licitação está programada, ainda para este mês, informa a Agetran (Agência de Trânsito de Campo Grande). Conforme leitores do TopMidiaNews, a falta de fiscalização eletrônica também favorece o aumento da violência nas ruas e avenidas da cidade.