Flagrante de farra de detentos em um presÃdio de Campo Grande evidencia a dificuldade da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) em controlar a entrada de drogas e celulares nas unidades prisionais de Mato Grosso do Sul. Em imagens a que o Jornal Midiamax teve acesso, é possÃvel ver presos fazendo uso de drogas e em transmissões ao vivo no Facebook, tudo feito de dentro das celas.
Conforme apurado pela reportagem, os homens que mesmo presos, mandam ‘salve’ nas redes sociais, são internos do Instituto Penal de Campo Grande. Eles estariam reclusos na cela 2, solar 33 do pavilhão 2 da unidade.
Em uma das imagens, um dos autores identificado como Rafael, vulgo ‘Gazela’, aparece exibindo um cigarro de maconha para a câmera. Na outra, o segundo detento chamado de Flávio, interage com os amigos virtuais. Ao fundo é possÃvel ver parte da cela onde a dupla cumpre pena.
Em resposta, a Agepen informou que foi realizada vistoria na cela e o aparelho celular utilizado foi localizado. Como punição, os dois detentos foram colocados em cela disciplinar.
“Foi aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (Padic) para a apurar a falta, o que deverá ocasionar em pelo menos mais um ano de atraso no tempo em que teria direito à progressão ao regime semiaberto (ou seja, por conta disso, poderão ficar mais um ano no regime fechado)â€.
De acordo com a Agência Penitenciária, rotineiramente são realizadas operações de revistas e pente-fino dentro dos estabelecimentos penais do Estado. Não em raros momentos, os agentes são surpreendidos com a ‘criatividade’ dos presos na hora de esconder materiais ilÃcitos.
“São as mais variadas formas de esconderijos, desde esgotos, vasos sanitários, dentro de colchões entre outrosâ€, informa.
Segundo a Agepen, muitos dos flagrantes são feitos com visitantes, que utilizam diversas estratégias para tentar burlar a segurança. Além disso, muitos dos materiais ilegais que entram nos presÃdios são arremessados pelos muros das unidades.
“Seja em meio a alimentos, pertences ou mesmo introduzidas no próprio corpo. Outro problema enfrentado são os materiais arremessados pelo muro, tendo em vista a urbanização ao redor do complexo penitenciário, e o grande fluxo de pessoas circulandoâ€, finaliza a Agepen.
Somente de janeiro ao dia 25 de outubro deste ano, foram apreendidos 789 celulares no Complexo Penitenciário da Capital. Os aparelho foram apreendidos com visitantes, recolhidos nas extremidades dos pavilhões (arremessados pelo muro) ou mesmo com os detentos.