Entre 21 de dezembro, data da assinatura da ordem de serviço, e o último dia 28 de fevereiro, quando foi feita a última medição, a Prefeitura de Campo Grande tapou 82.427 buracos na malha viária das sete regiões urbanas da cidade, o equivalente a mais de 38% do executado em 2017 , quando foram fechados 218.935 buracos.
No primeiro trimestre do ano passado foram tapados 55.633 buracos, ou seja, na comparação, houve um incremento de 32% na área recuperada. É o que mostra relatório da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos sobre este período de 69 dias, mas como choveu muito e houve o feriado prolongado do Carnaval, as equipes conseguiram trabalhar aproximadamente 40 dias.
Já foram gastos no serviço R$ 9.113.741, 19, o que corresponde a 48,92% do valor contratado especificamente para o tapa-buraco. Há ainda um saldo contratual de R$ 10.176.294,86. Se houver necessidade, será feito um aditivo (previsto na lei das licitações) no valor de R$ 4,8 milhões. Agora, com o início de um ciclo pluviométrico de menos chuva, os engenheiros esperam uma manutenção menos complicada, visto que reduzirá o número de novos buracos, que decorrem, sobretudo, do excesso de umidade.
Em dezembro a Prefeitura firmou contratos para manutenção da malha viária das sete regiões urbanas, no valor de R$ 34.218,277,19, sendo 56%, R$ 19.290.036,12, destinados a reconstituição do pavimento( tapa buraco); 7%, R$ 2.449.834,31, para selagem de trinca, uma medida preventiva para evitar a infiltração da água e o aparecimento de novos buracos; e 36% para micro revestimento, R$ 12.478.406,76, uma modalidade de recapeamento.
Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, nesta primeira etapa do serviço, a prioridade foi o tapa-buraco, diante da situação precária da malha viária, que por três meses (entre outubro e dezembro) ficou com a manutenção comprometida, contando com apenas quatro equipes da Prefeitura , enquanto o processo de licitação não era concluído. “Conforme a disponibilidade financeira, vamos executar estes serviços nos locais onde as condições do pavimento permitem. Isso evitará o surgimento de novos buracos”, explica.
Além do tapa-buraco, que é uma medida emergencial, a Prefeitura tem negociado com a Caixa Econômica Federal a reprogramação dos contratos do PAC-Pavimentação para contemplar o recapeamento de vias maior movimento e são acesso aos bairros onde o projeto está sendo executado, abrangendo um perímetro de aproximadamente 28 quilômetros.Isso ocorre nos seguintes locais:
Complexo Altos do São Francisco, onde está em andamento o recapeamento das avenidas Euler de Azevedo (trecho entre as avenidas Presidente Vargas e Ernesto Geisel);Tamandaré (entre a Tenente Lira e a Euler de Azevedo). Na Mata do Jacinto etapa D, já foi recapeada a Rua Antônio Maria Coelho (entre a Rua Furnas e a Mato Grosso); Avenida Mato Grosso (da Avenida Hiroshima até a Rua Ceará); Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo; Rua Hiroshima. No complexo Atlântico Sul, etapa A, está previsto o recapeamento da Rua Presidente Castelo Branco, ligação da Avenida Coronel Antonino com o conjunto Estrela do Sul.
A Prefeitura ainda está negociando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um empréstimo no valor de R$ 294 milhões para o recapeamento de 491 quilômetros de ruas de Campo Grande. O projeto está em fase de cadastramento no Ministério das Cidades, no programa Avançar Cidades, projeto orçado em R$ 100 milhões, que prevê dentre outras intervenções, 34 quilômetros de recapeamento de vias que integram os corredores do transporte coletivo sul e norte, entre as quais, as avenidas Cônsul Assaf Trad, Calógeras, Rui Barbosa, Costa e Silva. Já há recursos do Projeto de mobilidade urbana para recapeamento da Avenida Bandeirantes, Gury Marques, Bahia, Marechal Deodoro/Gunter Hans, além da Guia Lopes e Brilhantes, já em andamento.