Nesta segunda-feira (21), a partir das 6h, caminhoneiros de todo paÃs foram convocados pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), para paralisar as atividades, a fim de protestar contra os impostos do óleo diesel praticados no Brasil.Â
Lideres sindicais informaram ainda que a decisão foi tomada depois de aguardar resposta do governo federal, que até o momento não retornou os pleitos dos trabalhadores autônomos. A entidade protocolou no dia 14 de maio um ofÃcio para Presidência da República e Casa Civil solicitando que o governo zerasse a carga tributária sobre as operações com o diesel.
O Presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, acrescentou que outra solicitação foi "conceder a isenção da Contribuição de Intervenção no DomÃnio Econômico (Cide) sobre a receita da venda interna de óleo diesel a ser usado pelo transportador autônomo de cargas".Â
Segundo o lider sindical, o diesel representa 42% do custo dos transportadores autônomos. A associação também quer discutir a polÃtica de ajuste do preço do diesel da Petrobras, que, segundo a Abcam, prejudica o planejamento dos caminhoneiros autônomos.
"A necessidade que temos é essa, e a nossa perspectiva é levar isso até o fim", disse Lopes, ressaltando que a paralisação não tem data para terminar. "Estamos taxativos e objetivos. Se não tirar tributos do diesel, não tem acerto, continuamos paradosâ€, pontou.
AGENDA GOVERNAMENTAL
O presidente da Abcam afirmou também que, mesmo que o governo decida chamar os caminhoneiros para conversar na segunda-feira (21), o diálogo vai ocorrer em meio à paralisação. "Não vamos aceitar pedidos para suspender o movimento e vir conversar, de maneira nenhuma. Temos hora e dia para começar, mas não temos hora e dia para parar."
Ele ressaltou que, se a greve se estender por cinco a seis dias, o comércio e o agronegócio devem ser afetados pelo desabastecimento de produtos. Nas palavras dele, caminhões que na segunda-feira estejam em trânsito com carga viva terão a passagem liberada para descarregar.Â
Lopes observou ainda, que a associação prevê manifestações pacÃficas, com apenas interrupção do transporte de cargas, diferentemente do que aconteceu em 2015.
"Queremos todo mundo em casa e, quem não puder chegar em casa, que pare em um posto de abastecimento. A gente não gostaria de ver ninguém trancando rodovia, queimando pneu e quebrando caminhão. Caso contrário, não vamos conseguir atingir os nossos objetivosâ€, finalizou.
*Com informações Abcam