Um estudo realizado pelo site Ranking Políticos, visando a elaborar uma avaliação sobre os congressistas do Brasil, colocou apenas um deputado federal de Mato Grosso do Sul no rol dos melhores do país, valendo-se de critérios como qualidade do trabalho parlamentar, assiduidade em plenário e gastos para exercício da atividade. Fábio Trad (PSD) como o terceiro melhor do país em 2018 com base nos critérios fixados pelo site. Após ele, o Estado volta a figurar no ranking apenas na 55ª posição.
Conforme destacado pelo site –criado por profissionais liberais e que atua de forma independente avaliando agentes públicos nacionais–, o ranking visa a destacar os melhores políticos em atividade de forma a incentivar melhora no panorama político do país, fomentando o eleitor de informações para melhor orientar seus votos. O estudo considera ações como gastos, assiduidade, fidelidade partidária e processos judiciais, bem como votações em plenário e propostas apresentadas, para conceder notas aos parlamentares.
Na tarde desta quarta-feira (11), Fábio Trad atingia o score de 100 pontos. A assiduidade (esteve presente em todas as 49 sessões plenárias) lhe conferiram 13 pontos; enquanto outros 7 vieram dos chamados “Privilégios” –gastos do político no mandato na comparação com outros parlamentares, considerando-se uma média entre deputados e senadores. O estudo credita ao deputado despesas de R$ 101,8 mil neste ano. Ele ainda ganhou 5 pontos pelo fato de ter formação superior –é advogado.
A maior pontuação, porém, veio da postura em plenário, que lhe rendeu 75 pontos, fixado a partir de análise do Conselho de Avaliação de Leis do Ranking dos Políticos sobre projetos postos em votação, considerando sua relevância para o país. Quatro delas com votos favoráveis do deputado: autorização para venda de parte da exploração do pré-sal (acabando com o monopólio da Petrobras no setor), que rendeu 30 pontos; instituição do Cadastro Positivo (que institui benefícios aos bons pagadores), 20 pontos; aprovação da Intervenção Federal na segurança pública do Rio de Janeiro, 15 pontos; e o crédito suplementar de R$ 1,16 bilhão para cobrir calores no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Federal), 0 ponto.
O parlamentar ainda ganhou 10 pontos por votar contra a criação de cargos para a intervenção federal no Rio.
Posições – Os oito deputados federais do Estado aparecem no estudo. Depois de Fábio, a melhor colocada é Tereza Cristina (DEM), que somou 69 pontos e ficou na 55ª posição. A deputada perdeu um ponto por conta dos privilégios (isto é, os gastos no exercício do mandato) e 10 por falta de fidelidade partidária: ela foi eleita pelo PSB e trocou de partido no fim de 2017, diante de ameaças de expulsão por se posicionar em favor de projetos como a reforma da Previdência, rechaçada pelos socialistas.
Geraldo Resende (PSDB) aparece na 108ª posição, com 45 pontos. Ele perdeu 20 devido a existência de processos judiciais (além do desconto de dez pontos por ação, outros dez são retirados diante de denúncias graves) contra si e quatro por privilégios. Mandetta (DEM) é o 149º ranqueado (perdeu 40 pontos também por processos e 5 por privilégios).
Os demais deputados aparecem com pontuação negativa. Elizeu Dionízio (PSB) somou -5 (perdeu 6 pela presença e 9 por fidelidade); Zeca do PT teve -42 (foram descontados 35 pela qualidade legislativa e 20 por processos e ações); Vander Loubet (PT), -49 (perdeu 40 em processos e 15 pela qualidade do trabalho); e Dagoberto (PDT) registrou -127 (foram menos 140 pelas ações judiciais).