Em um ato no qual reforçaram semelhanças na filosofia polÃtica e exaltaram sucessos administrativos das atuais gestões estadual e municipal em meio a um cenário de crise, bem como a necessidade de experiência de gestão na máquina pública, PSDB e PSD fecharam a aliança nas eleições de 2018, com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) reforçando o coro pela reeleição do governador tucano Reinaldo Azambuja.
Foi o sexto apoio já confirmado ao PSDB e a Reinaldo para as eleições deste ano –o PSB aprovou a aliança em convenção, enquanto SD, PTB, PPS e PP têm tratativas nesse sentido já costuradas. A expectativa, porém, é de ainda reunir partidos como o PRB, PSL, PMN e DEM, do qual se espera uma resposta definitiva sobre o apoio antes de 4 de agosto, data das convenções de democratas e tucanos.
Ventilada há meses, a composição ganhou força no último fim de semana, quando a cúpula nacional do PSD sacramentou apoio à candidatura presidencial do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Até então, havia indicativos de que o partido de Marquinhos optaria pelos tucanos, graças à trocas de elogios entre as gestões públicas.
Presidente regional do PSD, Antônio Lacerda lembrou da convenção nacional social democrata, em BrasÃlia, no sábado (28), onde foi fechado o apoio a Alckmin baseado no quadro de “fragilidade do Brasilâ€, no qual a “experiência e responsabilidade†do presidenciável tucano pesaram na escolha.
Na sequência, ele lembrou dos acenos do governo de Reinaldo para Marquinhos após as eleições de 2016. “Sempre houve parceria institucional com o governo, gerando uma empatia de primeira vistaâ€, pontuou Lacerda, que na sequência disse não ter dúvidas “de que nossa reflexão saiu o que é melhor para Campo Grande, Mato Grosso do Sul e o Brasil. O PSD caminhará com o PSDBâ€.
Proximidade – Deputado federal e candidato à reeleição, Fábio Trad avaliou não haver outra sigla “mais apropriada†para uma aliança com os sociais democratas que não a representante da Social Democracia, diante da aproximação ideológica entre PSD e PSDB.
Reforçando defender uma polÃtica “de centro, sem extremismosâ€, ele lembrou que o paÃs e o Estado precisam de “equilÃbrio, competência e experiênciaâ€, defendendo que o atual governo “teve uma responsabilidade inatacávelâ€.
“O Brasil está flertando com o absurdo. Não é momento de arriscar, experimentar o que não sabemos se pode dar certo. Se em quatro anos Mato Grosso do Sul enfrentou um momento de crise sem igual, a maior da República, e saÃmos incólumes dele, é porque temos condições de chegar aos próximos quatro anos com a nossa bandeira hasteadaâ€, disse.
Sintonia – Marquinhos, em discurso, destacou as dificuldades da gestão pública no mau momento do paÃs e, com o quadro colocado para a sucessão estadual, afirmou que o PSD “não viu outra alternativa que não fosse hipotecar a nossa solidariedade ao Reinado. Porque se não se dá valor a quem mantém em dia o pagamento dos servidores, a harmonia entre os poderes, que gerem a máquina pública com transparência, só vai se dar espaço para aquele que vai entrar em destruir tudoâ€.
Ele lembrou, porém, que os prefeitos esperam da administração estadual futura não parceria, mas “comprometimento público†com os municÃpios, de onde sai a arrecadação estadual, frisando ainda a boa recepção das demandas da cidade junto ao governo estadual –por meio de contrapartidas para execução de obras, por exemplo.
Já o candidato à reeleição se disse satisfeito em ter confirmada a aliança com o PSD e de contar com o reforço do partido em um momento “no qual o Brasil precisaâ€. Lembrando que as riquezas do paÃs encolheram 8% entre 2015 e 2017 e que cerca de 20 Estados, hoje, mal conseguem pagar os salários dos servidores, ele apresentou dados de pesquisa colocando Mato Grosso do Sul como o Estado mais competitivo do Centro-Oeste e o quinto do paÃs.
Reinaldo destacou medidas como o fim da antecipação de ICMS por parte de empresários, adotada por sua gestão, e colocou ações em diferentes campos de sua gestão como um legado a ser defendido na campanha, sustentando também a necessidade de se formar bancadas dos partidos aliados. “Ninguém governa sozinhoâ€, destacou.