Uma manifestação foi realizada em Bonito na tarde desta terça-feira, 11 de dezembro, para clamar pela preservação dos rios do municÃpio, principais responsáveis pelo potencial turÃstico da cidade. Em novembro, os rios Formoso e da Prata cujas águas são cristalinas ficaram turvos. O motivo foi a lama que cedeu de fazendas e atingiu os rios. A situação preocupou a população e empresas que exploram o turismo na região. Os populares se concentraram na Praça da Liberdade. Os cartazes citavam os nomes dos rios atingidos pela lama e pediam união de esforços pela preservação do patrimônio natural do municÃpio. “Estamos pedindo socorro para os nossos rios. Muitas famÃlias dependem do turismoâ€, disse uma manifestante. Na segunda-feira, 10, uma audiência discutiu o assunto na cidade. O encontro na Câmara Municipal foi intermediado pelo Promotor de Justiça Alexandre Stucki Junior, titular da 2ª Promotoria de Justiça, em parceria com a Câmara Municipal de Bonito. Autoridades municipais e estaduais participaram, entre os quais o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck. Conforme o Ministério Público, as fazendas suspeitas de causarem o problema ambiental nos rios foram vistoriadas. Em ambas, não há medidas de proteção de solo suficientes. Os proprietários tiveram R$ 400 mil bloqueados por decisão judicial para possÃveis reparações de danos. Além do bloqueio de bens, a Justiça também determinou medidas de conservação ambiental nas propriedades, tais como implementação de curvas de nÃvel, por exemplo. O promotor alertou para um perigo ainda maior para as águas de Bonito, afirmando que “se não for resolvida a questão do brejão do Rio da Prata ele acaba em 10 anosâ€. Bonito é um dos destinos turÃsticos mais apreciados do Brasil. As águas cristalinas são o grande atrativo da região. Por ano, a cidade recebe cerca de 240 mil visitantes.