PREFEITURA AGUARDA INVESTIMENTO DE US$ 82 MILHÕES PARA CONTROLE DE ENCHENTES

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A Prefeitura de Campo Grande depende da captação de US$ 82 milhões para viabilizar obras previstas no Programa de  Desenvolvimento Sustentável de Campo Grande, destinadas ao controle de enchentes. O projetos, apresentados em Brasília, contemplam a construção de bacias de detenção e barragens de amortecimento; drenagem e pavimentação; continuidade das obras de revitalização do Anhandui, chegando até as avenidas Campestre e requalificação  (reforço da drenagem e recapeamento) das avenidas Campestre, Manoel da Costa Lima e Ernesto Geisel (entre as avenidas Salgado Filho e Mascarenhas de Moraes), além da Rua Antônio Maria Coelho.

As represas e bacias de amortecimento previstas estão orçadas em US$ 13,3 milhões. Elas terão capacidade para reter 204 milhões de litros de águas pluviais, evitando que os córregos Prosa, Segredo, Sóter e Imbirussu transbordem, provocando alagamentos como os registrados nesta terça-feira (26), quando choveu mais de 106 milímetros.

Na Bacia do Prosa,  o projeto prevê uma bacia de detenção com capacidade para 5 milhões de litros, que seria construída no Córrego Vendas (entre as ruas dos Vendas e a Rua Antônio Oliveira Lima).  Está prevista uma bacia de amortecimento no Córrego Sóter (entre as ruas Antônio Rahe e Rio Negro), com capacidade para 56 milhões de litros. Na Bacia do Segredo, a previsão é a construção de outra com 55 milhões de litros, entre as ruas das Balsas e Verediana e uma bacia de detenção off-line no Córrego Cascudo, para 15 milhões de litros, entre as ruas Pio Rojas e São Leopoldo.

No Córrego Imbirussu, entre as ruas Nipoã e Avenida Florestal, está programada uma barragem com capacidade para 28 milhões de litros para desempenhar dupla contenção de cheias e retenção de sedimentos. No Córrego Serradinho, que é da mesma bacia hidrográfica, é necessário a construção de uma barragem de amortecimento entre as ruas Petrolândia e Dona Paula Mariana, com capacidade para 45 milhões de litros.

O secretário-adjunto de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ariel Serra, avalia que os alagamentos refletem o processo de urbanização acelerada que a cidade experimentou nos últimos 20 anos. Ele cita como exemplo a Avenida Rachid Neder, aberta ainda nos anos 90.

“Ali passa o Córrego Cascudo, que foi canalizado com uma tubulação de 1,20 metro de diâmetro. Com o adensamento da região, abertura de ruas, construção de edifícios, a tubulação não consegue mais escoar toda a enxurrada, que acaba vindo para superfície, alagando e destruindo o pavimento, além de pressionar a vazão do Segredo, exatamente na rotatória com a Ernesto Geisel, onde tem transbordado. A solução é construir um piscinão mais acima para retardar a chegada desta água no Segredo. Não é um projeto simples, já que será preciso R$ 1,2 milhão só na desapropriação da área onde a bacia de detenção seria construída”, detalhou.

Obras previstas

Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, enquanto os recursos não são viabilizados, a Prefeitura tem feito investimentos em obras de drenagem e controle de enchentes. Já foi construída uma represa com capacidade para 22 milhões de litros na Praça das Águas (Bacia do Prosa) e estão em andamento a revitalização do primeiro trecho do Rio Anhanduí.

Com recursos do PAC Pavimentação, foram implantados mais de 30 quilômetros de drenagem em regiões como o Nova Lima, Altos do São Francisco e entorno do Parque dos Poderes. Nesta região, altos da Avenida Mato Grosso, será feito um canal para interligar a tubulação, com a travessia de tubo armco sob a Avenida Mato Grosso, para desaguar o Córrego Reveillon, sem os sedimentos, que acabam agravando o assoreamento do lago do Parque das Nações. Esse assoreamento, segundo os engenheiros da SISEP, contribui para os alagamentos na região da Via Park.

Ainda no mês de março, serão iniciadas as obras de controle da erosão  no Córrego Gameleira, além de frentes de pavimentação e drenagem no Jardim Anache e Complexo José Tavares, região do Bairro Nova Lima e recapeamento (com drenagem) da Avenida Bandeirantes.  No Santa Luzia, junto com a  drenagem e pavimentação, está previsto um piscinão.

 No Córrego Imbirussu, entre as ruas Nipoã e Avenida Florestal,  está programada uma barragem  com capacidade para 28 milhões de litros, para  contenção de cheias e retenção de sedimentos.  No Córrego Serradinho,  da mesma bacia hidrográfica, é necessária a construção  de uma barragem de amortecimento entre as ruas Petrolândia e Dona Paula Mariana, com capacidade para reter 45 milhões de litros de água.