Funileiro de 28 anos, principal suspeito de decapitar Eliel de Jesus, 44 anos, disse que comeu pedaço do pescoço da vítima após cometer o crime em Coxim, cidade distante 253 km de Campo Grande. O crime foi motivado por uma discussão por causa de drogas e detalhes do caso foram divulgados em coletiva nesta terça-feira (7) pela Polícia Civil. Outro envolvido no crime, de 48 anos, também foi preso. As identidades dos suspeitos serão preservadas. Três delegados de polícia – Silvia Elaine Girardi Menck, Felipe de Oliveira Paiva e Fernando Ferreira Dantas, trabalharam no caso. O funileiro foi preso no final da tarde desta segunda-feira (6) e inicialmente, negou envolvimento no crime para a polícia. Mas horas depois de interrogado, confessou e contou detalhes de como agiu na madrugada desta segunda. Durante depoimento, ele alegou que parou de usar drogas porque perdeu a esposa e guarda dos filhos. Mas estava na companhia de Jesus, que teria insistido para que ele usasse, o que causou um momento de fúria, como definiu o suspeito. De acordo com o site Edição MS, nesse momento o funileiro disse que decidiu matar a vítima. Eles chegaram a entrar em uma briga e o suspeito desferiu várias facadas em Jesus. O funileiro afirmou não se lembrar quantas, mas a necropsia encontrou 16 golpes pelo corpo. Entretanto, algumas facadas podem ter sido desferidas por outra pessoa, com quem Jesus se desentendeu anteriormente, horas antes de morrer. Ao relatar os golpes, o autor disse que foi uma faca certeira no peito, emendando que “quando se quer matar porco e boi tem que ir direto no coração, sem piedade”. Após decapitar a vítima, o suspeito cortou um pedaço da carne do pescoço e comeu. Depois, deixou a cabeça na varanda da casa do outro homem, por quem ele também procurou para matar. Como não encontrou, ele voltou para sua residência, dormiu e foi trabalhar normalmente durante a manhã. O autor foi preso quando chegava a uma conveniência da Gaspar Ries Coelho, onde compraria fumo. Poucas horas depois de prender o funileiro, a investigação chegou até o outro suspeito que estava escondido na zona rural de Coxim, que já foi preso várias vezes por tráfico de drogas e vai responder mais uma vez pelo crime, junto com associação para o tráfico de entorpecentes. O funileiro diz que não está arrependido do crime, inclusive colaborou com a investigação depois que foi preso. Ele mostrou onde tinha escondido o facão usado para decapitar a vítima e vai responder por homicídio qualificado.