Homem mata motorista que foi gentil com sua mulher

. / g1

A Polícia Civil divulgou, na tarde desta terça-feira (14), o nome do suspeito de ter assassinado o motorista de aplicativo Rafael Baron, de 24 anos, na noite do dia anterior, no Jardim Campo Nobre, região sul de Campo Grande. Trata-se de Igor Cesar de Oliveira, de 22 anos.

Igor tem passagem por roubo e é procurado. A polícia acredita que a arma utilizada no crime ainda está com ele. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Ricardo Bernardinelli, o motorista de aplicativo foi morto por um motivo banal. Na ocasião, o motorista retornava de um posto de saúde com a esposa grávida, quando o crime ocorreu.

"O motorista viu que ela estava com uma tipoia no braço e perguntou o que tinha acontecido, quando ela esclareceu que foi um acidente e ele então perguntou como tinha sido o acidente. Ela respondeu que estava sozinha, que foi de moto. Isso foi suficiente, segundo nossas testemunhas, para que o autor mudasse o semblante dele e passasse a ter outro comportamento", explicou o delegado.

Rafael foi morto assim que chegou no condomínio em que o casal mora. "Enquanto a mulher fazia o pagamento da corrida, o Igor saiu rapidamente do veículo, pulou a janela do apartamento e já retornou com a arma de fogo, acreditamos que seja um revolver calibre 38 e, sem dar nenhum tipo de chance para a vítima, efetuou dois disparos à queima roupa", completou.

Entenda o caso

Rafael foi atingido por dois tiros. A mãe dele, Regina Baron, publicou em sua página no Facebook. "É com enorme pesar que venho comunicar o falecimento do meu filho amado! Rafael Baron. Foi assaltado e reagiu ao assalto!"

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foram chamados, mas, o jovem morreu no local. Do carro dele saiu fumaça na parte do motor e moradores do condomínio tentaram ajudar.

"Meu marido viu fumaça do lado de fora e saiu correndo para ajudar, para ver quem era. Foi aonde ele viu esse motorista agonizando. Tentamos ajudá-lo, o carro ficou ligado [...] Infelizmente não deu tempo de ajudá-lo", relata uma moradora, que conta ainda que o barulho da batida nos veículos foi alto. "Foi um enorme susto, foi muito alto o barulho", disse a testemunha.

No condomínio onde ocorreu o crime há câmeras de segurança, porém, nenhuma delas estava funcionando.