Campo Grande (MS) – “Essas pontes são a melhor maravilha do mundoâ€, se expressa a sitiante Laura Ferraz, 52, que vive da roça e de uma pequena venda no Assentamento Recanto do Rio Miranda, em Jardim, ao falar dos benefÃcios que a comunidade rural do municÃpio conquistou com a construção, pelo Governo do Estado, das pontes de concreto sobre o Rio dos Velhos e Córrego Guardinha. “Antes a gente ficava isolado, agora podemos até passear na cidadeâ€, diz.
Em fevereiro de 2018, a ligação sobre o Rio dos Velhos, construÃda pelo governo anterior, desabou parcialmente durante forte temporal. A estrutura foi mal dimensionada e a execução da base de sustentação (cortinas e alas) mostrou a precariedade do projeto, conforme laudo técnico encomendado pelo Estado. A região de expansão agrÃcola de Jardim ficou isolada, impedida de escoar soja, boi e hortifrutigranjeiros, além do acesso do ônibus escolar.
A construção das duas pontes integra o programa de infraestrutura viária lançado em 2017 pelo governador Reinaldo Azambuja, que já entregou 59 passagens de concreto de um total de 106 previstas em 47 municÃpios, com investimentos de R$ 56,7 milhões. Uma terceira ponte de concreto em Jardim, no Córrego Ãgua Clara, será construÃda em parceria com a prefeitura.
Sonho dos colonos
Por determinação do governador, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) contratou perÃcia na estrutura e a empresa construtora, a Sipav Engenharia, foi intimida e assumiu a reconstrução da ponte do Rio dos Velhos, que está em fase de conclusão. Reinaldo Azambuja também assumiu o compromisso de construir uma nova ponte de concreto no Córrego Guardinha, na mesma região, a qual está finalizada e liberada para o tráfego.
“O governador nos atendeu e nos presenteia com duas pontes infinitamente melhores do que as anterioresâ€, comemora o prefeito de Jardim, Guilherme Monteiro. Ele lembra que a queda das travessias na estrada vicinal criou sérios transtornos aos produtores e à s agrovilas e interrompeu o transporte dos alunos da zona rural para as escolas na cidade. “Só temos a agradecer ao Reinaldo Azambuja, a ponte do Guardinha era o sonho da comunidadeâ€, frisa.
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Ponte improvisada
Com a interdição da ponte no Rio dos Velhos, após o deslocamento de um dos pilares de sustentação, a região serrana de Jardim ficou sem alternativas de transporte. Na época, a Agesul implantou um desvio alternativo, na localidade conhecida como Ãgua Amarela, permitindo o escoamento da safra de soja, que estava sendo colhida. No Córrego Guardinha, os sitiantes improvisaram uma ponte de madeira para passagem de veÃculos pequenos.
“Quando chovia, a gente rezava para não encher o córrego e levar a pontezinhaâ€, lembra o sitiante Abel Morgiroti, 72 anos, dono do SÃtio Fome Zero. Agora, uma estrutura de concreto se destaca no Guardinha, com 50 metros de cumprimento – o dobro do tamanho da outra que também foi levada pela correnteza, em 2017. “Com a ajuda do governo vamos construir uma ponte de concreto também no Córrego Santa Clara, na mesma estradaâ€, adianta o prefeito.
Acabou o pesadelo
A ponte do Rio dos Velhos foi ampliada de 48 metros para 60 metros, com três vãos, sendo o central de 24 metros. A liberação do tráfego depende da finalização da concretagem do último bloco de vigas, segundo o gerente regional da Agesul Edmilson Escobar. A empreiteira se comprometeu a concluir o serviço ainda esta semana, mas depende das condições climáticas. Por enquanto, os veÃculos transitam de um lado a outro do rio cruzando seu leito por um desvio.
A entrega da nova ponte coincide com o perÃodo de colheita e escoamento do milho, gerando expectativa na região. A interdição da estrada obrigou os produtores a usarem um caminho alternativo, que aumentou o acesso aos armazéns e frigorÃficos em 55 km. Para os sitiantes, a ponte é sinônimo de esperança. “Tudo vai melhorarâ€, diz a sitiante Laura Ferraz, animada com o movimento do seu comércio. “O governador nos livrou de um grande pesadeloâ€, festeja.