Campeonato pesque-solte em Porto Murtinho festejou fim da temporada e a cota zero em MS

 / Sílvio de Andrade

 Com direito a captura de jaus de até sete quilos em frente ao porto geral da cidade, o 9ª Campeonato de Pesca Esportiva de Porto Murtinho, realizada neste fim de semana, encerrou a temporada de 2019 da atividade turística e comercial em Mato Grosso do Sul. O período de defeso inicia-se amanhã (5), em todos os rios do Estado, estendendo-se até 28 de fevereiro de 2020.

Na modalidade de pesque-solte no Rio Paraguai, o torneio teve por objetivo fomentar a prática da cota zero, que entra em vigor em 1º de janeiro do próximo ano por meio de decreto assinado pelo governador Reinaldo Azambuja em 22 de fevereiro desse ano. “Promovemos uma reflexão sobre os novos rumos da pesca esportiva no Estado”, disse Washington Yarzon, um dos organizadores do evento.

Uma grande quantidade de peixes foi fisgada durante o campeonato de Murtinho

A última semana de pesca movimentou os principais destinos turísticos – Porto Murtinho, Aquidauana, Miranda e Corumbá, lotando barcos-hotéis, pesqueiros e pousadas. O empresariado do setor está otimista para o próximo ano, apostando em uma maior oferta de peixes nos rios com as medidas preservacionistas adotadas pelo Governo do Estado.

“Foi uma ótima temporada, com o dourado reaparecendo nos rios depois da proibição de captura e proporcionando grandes emoções aos pescadores. Nossos clientes estão confirmando reservas para 2020 apoiando integralmente a cota zero”, afirma Joice Santana, dona de uma das maiores estruturas de barcos em Corumbá.

Crianças e adolescentes também participaram do torneio, com premiação de celular a bicicletas

Argentina é exemplo

Para Ricardo Senna, secretário-adjunto da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a nova lei de pesca promoverá um modelo de turismo sustentável, fomentando toda a cadeia produtiva do setor.

 “O fomento a pesca esportiva, como medida crucial para repovoamento dos nossos estoques pesqueiros, estimula oportunidades de negócios, inclusive na área de entretenimento, impactando na diversificação da economia regional”, disse o secretário-adjunto.

Com pontuação máxima, o jau, ao lado do cachara, foi uma das espécies nobres mais fisgadas

“O papel do Estado, agora, além de criar programas de apoio e geração de renda ao pescador profissional e ao ribeirinho, será o de atrair novos investidores para esse nicho de mercado, que está em expansão no Brasil”, antecipou.

A cota zero tem o apoio do empresariado de turismo e das entidades ligadas à pesca esportiva do Estado e do País. “Proibir a captura dos peixes do Pantanal, como fez Mato Grosso do Sul, é o modo mais prático e sustentável para repovoar os rios e trazer o turista para o Estado, o exemplo está na Argentina”, afirmou o diretor da Confederação Brasileira de Pesca Esportiva (CBPE) e presidente da Federação Paulista de Pesca Esportiva, Ivan Miraldo.

Pesca e contemplação

O governo estadual, por meio da Semagro, focará os grandes eventos da pesca esportiva pelo país, como as feiras, para divulgar o potencial pesqueiro do Estado e dialogar com a indústria de equipamentos náuticos e de pesca e vestuário esportivos quanto às oportunidades que se abrem em Mato Grosso do Sul para investimentos.

Pescadores se preparam para a largada do torneio em Murtinho, que contou com o apoio da Marinha

Esse cenário otimista se baseia, também, na perspectiva de crescimento interno do turismo náutico com o retorno ao Estado dos milhares de brasileiros que hoje preferem pescar na Argentina, onde a adoção da cota zero recuperou o estoque pesqueiro.

Segundo levantamento do Sebrae, o número de praticantes do pesque-solte no Brasil cresceu de quatro milhões para oito milhões. Em expansão, a pesca esportiva gera R$ 3 milhões de faturamento anual. O Estado quer atrair novos investidores no setor e gerar mais emprego e renda.

“Mato Grosso do Sul é o único destino de pesca que tem uma biodiversidade com a do Pantanal, cuja riqueza ambiental deve ser mais explorada e integrada a esse segmento esportivo, afirmou o secretário-adjunto da Semagro. “Vamos promover o Pantanal como um lugar onde se pesca e se faz safari fotográfico.”

Pescador devolve o jau ao rio: campeonato fomentou a prática da cota zero, em vigor em janeiro de 2020

Jau garante pontuação

Porto Murtinho celebrou o fim de uma era da pesca esportiva em Mato Grosso do Sul realizando a nona edição do campeonato de pesque-solte, que atraiu adeptos da modalidade de várias regiões do Estado. O evento, uma iniciativa de empresários locais, contou com o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Porto Murtinho.

A prova principal, realizada no domingo, em frente ao porto-geral da cidade, comprovou que 2019 foi um ano bom de pescaria, se destacando o repovoamento dos rios pelo dourado. A captura da espécie está proibida desde 2007, em Corumbá, e tomou abrangência estadual com a Lei nº 5321, assinada no início do ano pelo governador Reinaldo Azambuja, que estipula uma moratória de cinco anos.

Equipe do Paraguai vencedora do campeonato: dois jaus fisgados e um total de 330 pontos

Na competição em Porto Murtinho, que reuniu também pescadores do Paraguai, as emoções ficaram por conta da captura do jau, um dos peixes nobres do Pantanal. A equipe campeã, de nacionalidade paraguaia, fisgou dois exemplares da espécie, somando, ao total, 330 pontos. O jau foi um dos peixes com maior pontuação.

O campeonato teve início no sábado, com a prova infantil e juvenil (entre seis e 15 anos), lotando a orla portuária da cidade. A prova principal, embarcada, se estendeu por uma área de 1,2 km do rio e durou quatro horas. A premiação dos três primeiros colocados se deu em ato na Praça de Alimentação, no domingo à noite.

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 Com direito a captura de jaus de até sete quilos em frente ao porto geral da cidade, o 9ª Campeonato de Pesca Esportiva de Porto Murtinho, realizada neste fim de semana, encerrou a temporada de 2019 da atividade turística e comercial em Mato Grosso do Sul. O período de defeso inicia-se amanhã (5), em todos os rios do Estado, estendendo-se até 28 de fevereiro de 2020.

Na modalidade de pesque-solte no Rio Paraguai, o torneio teve por objetivo fomentar a prática da cota zero, que entra em vigor em 1º de janeiro do próximo ano por meio de decreto assinado pelo governador Reinaldo Azambuja em 22 de fevereiro desse ano. “Promovemos uma reflexão sobre os novos rumos da pesca esportiva no Estado”, disse Washington Yarzon, um dos organizadores do evento.

Uma grande quantidade de peixes foi fisgada durante o campeonato de Murtinho

A última semana de pesca movimentou os principais destinos turísticos – Porto Murtinho, Aquidauana, Miranda e Corumbá, lotando barcos-hotéis, pesqueiros e pousadas. O empresariado do setor está otimista para o próximo ano, apostando em uma maior oferta de peixes nos rios com as medidas preservacionistas adotadas pelo Governo do Estado.

“Foi uma ótima temporada, com o dourado reaparecendo nos rios depois da proibição de captura e proporcionando grandes emoções aos pescadores. Nossos clientes estão confirmando reservas para 2020 apoiando integralmente a cota zero”, afirma Joice Santana, dona de uma das maiores estruturas de barcos em Corumbá.

Crianças e adolescentes também participaram do torneio, com premiação de celular a bicicletas

Argentina é exemplo

Para Ricardo Senna, secretário-adjunto da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a nova lei de pesca promoverá um modelo de turismo sustentável, fomentando toda a cadeia produtiva do setor.

 “O fomento a pesca esportiva, como medida crucial para repovoamento dos nossos estoques pesqueiros, estimula oportunidades de negócios, inclusive na área de entretenimento, impactando na diversificação da economia regional”, disse o secretário-adjunto.

Com pontuação máxima, o jau, ao lado do cachara, foi uma das espécies nobres mais fisgadas

“O papel do Estado, agora, além de criar programas de apoio e geração de renda ao pescador profissional e ao ribeirinho, será o de atrair novos investidores para esse nicho de mercado, que está em expansão no Brasil”, antecipou.

A cota zero tem o apoio do empresariado de turismo e das entidades ligadas à pesca esportiva do Estado e do País. “Proibir a captura dos peixes do Pantanal, como fez Mato Grosso do Sul, é o modo mais prático e sustentável para repovoar os rios e trazer o turista para o Estado, o exemplo está na Argentina”, afirmou o diretor da Confederação Brasileira de Pesca Esportiva (CBPE) e presidente da Federação Paulista de Pesca Esportiva, Ivan Miraldo.

Pesca e contemplação

O governo estadual, por meio da Semagro, focará os grandes eventos da pesca esportiva pelo país, como as feiras, para divulgar o potencial pesqueiro do Estado e dialogar com a indústria de equipamentos náuticos e de pesca e vestuário esportivos quanto às oportunidades que se abrem em Mato Grosso do Sul para investimentos.

Pescadores se preparam para a largada do torneio em Murtinho, que contou com o apoio da Marinha

Esse cenário otimista se baseia, também, na perspectiva de crescimento interno do turismo náutico com o retorno ao Estado dos milhares de brasileiros que hoje preferem pescar na Argentina, onde a adoção da cota zero recuperou o estoque pesqueiro.

Segundo levantamento do Sebrae, o número de praticantes do pesque-solte no Brasil cresceu de quatro milhões para oito milhões. Em expansão, a pesca esportiva gera R$ 3 milhões de faturamento anual. O Estado quer atrair novos investidores no setor e gerar mais emprego e renda.

“Mato Grosso do Sul é o único destino de pesca que tem uma biodiversidade com a do Pantanal, cuja riqueza ambiental deve ser mais explorada e integrada a esse segmento esportivo, afirmou o secretário-adjunto da Semagro. “Vamos promover o Pantanal como um lugar onde se pesca e se faz safari fotográfico.”

Pescador devolve o jau ao rio: campeonato fomentou a prática da cota zero, em vigor em janeiro de 2020

Jau garante pontuação

Porto Murtinho celebrou o fim de uma era da pesca esportiva em Mato Grosso do Sul realizando a nona edição do campeonato de pesque-solte, que atraiu adeptos da modalidade de várias regiões do Estado. O evento, uma iniciativa de empresários locais, contou com o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Porto Murtinho.

A prova principal, realizada no domingo, em frente ao porto-geral da cidade, comprovou que 2019 foi um ano bom de pescaria, se destacando o repovoamento dos rios pelo dourado. A captura da espécie está proibida desde 2007, em Corumbá, e tomou abrangência estadual com a Lei nº 5321, assinada no início do ano pelo governador Reinaldo Azambuja, que estipula uma moratória de cinco anos.

Equipe do Paraguai vencedora do campeonato: dois jaus fisgados e um total de 330 pontos

Na competição em Porto Murtinho, que reuniu também pescadores do Paraguai, as emoções ficaram por conta da captura do jau, um dos peixes nobres do Pantanal. A equipe campeã, de nacionalidade paraguaia, fisgou dois exemplares da espécie, somando, ao total, 330 pontos. O jau foi um dos peixes com maior pontuação.

O campeonato teve início no sábado, com a prova infantil e juvenil (entre seis e 15 anos), lotando a orla portuária da cidade. A prova principal, embarcada, se estendeu por uma área de 1,2 km do rio e durou quatro horas. A premiação dos três primeiros colocados se deu em ato na Praça de Alimentação, no domingo à noite.