Escolas 'de Bolsonaro' viram preferidas de mães em Campo Grande

 / Thiago de Souza

Mães de alunos que pretendem matricular os filhos em escolas cívico-militares em Campo Grande já vivem a expectativa pelo período de matrículas nessas unidades. Na Capital, as escolas estaduais Marçal de Souza Tupã Y, no Los Angeles e Alberto Elpídio Ferreira Dias – Prof. Tito, no Anache fecharam parceria com o governo federal para adotar o modelo.

Ao TopMídiaNews, mães disseram ter ouvido que o período de matrículas nessas escolas começaria no dia 27 de novembro, pelo site. A informação teria vindo da diretoria da própria escola Marçal de Souza.

Uma cabeleireira de 35 anos, que não quis se identificar, conta que a apreensão é grande, pois  acredita que o modelo de ensino deve ser melhor que o adotado atualmente nas unidades.

''Acredito que as regras sejam mais rígidas quanto a questão de brigas e drogas e também é bom por ser perto de casa'', contou a profissional que tem uma filha de 14 anos.

''Mães de três amigas da minha filha também estão esperando'', completou a cabeleireira que mora no Jardim Uirapuru, na grande Los Angeles.

Porém, conforme a assessoria da Secretaria de Educação, a data de 27 de novembro teria sido apenas uma sugestão da unidade escolar e nunca foi confirmada. A SED esclarece que as matrículas para as escolas cívico-militares só vão ocorrer a partir do dia 29 de novembro, junto com as inscrições para as demais escolas estaduais.

Ensino

O projeto de escolas cívico-militares pretende melhorar a qualidade da educação básica no país e vai ser implantado, inicialmente, em regiões com maior vulnerabilidade social, informou o Ministério da Educação.

De acordo com a SED, a ordenação de despesas e a gestão das unidades escolares serão da Secretaria, que terá, abaixo da direção da escola, um responsável pedagógico e outro militar, que vai coordenar os trabalhos do Programa no ambiente escolar.

Na matriz curricular, segue a secretaria, a novidade será a inserção de uma disciplina referente à atuação dos militares. O restante das unidades curriculares serão as mesmas utilizadas nas demais escolas da Rede Estadual de Ensino, de formação geral básica, que contemplam a Base Nacional Comum Curricular.