Uma discussão entre vereadores da Câmara de Jardim em um grupo ‘restrito’ de WhatsApp acabou gerando boletim de ocorrência por divulgação de fake news nesta quinta-feira (26). O motivo, segundo o presidente da Casa de Leis, vereador Fernandinho (PSDB), seria a divulgação errônea sobre projeto que implica em reajuste salarial de prefeito, vice-prefeito, e secretários municipais.
“Meu advogado elaborou documento sobre a notícia crime, o reajuste de 5% é somente para servidores públicos municipais, e chegou à Câmara antes da pandemia tendo prazo para votar até o dia 4 de abril”, afirmou Fernandinho, que nega o fato da proposta do Executivo ser referente ao aumento de salário de vereadores.
Na proposta inicial do Executivo constava o reajuste para cargos do Executivo, inclusive do prefeito Guilherme Monteiro (PSDB) no artigo 2º. “Incidirá o mesmo percentual estabelecido no “caput” e a mesma forma, sobre o valor pago aos membros do Conselho Tutelar, Prefeito, Vice Prefeito, Secretários Municipais e ocupantes de cargos da mesma natureza do Poder Executivo”.
Conforme informado, a discussão no grupo de WhatsApp dos vereadores teria ocorrido na segunda-feira (23), onde parlamentares apresentaram descontentamento com a proposta devido à pandemia do novo coronavírus.
Questionado, Fernandinho diz que elaborou emenda parlamentar no dia 24 de março excluindo do artigo o aumento para prefeito, vice e secretários, deixando somente vencimento dos servidores públicos efetivos, ativos, inativos e membros do Conselho Tutelar.
No boletim de ocorrência consta o nome dos 11 vereadores. O tucano classifica a pulverização de áudios e conversas do grupo como fake news. “A maioria já disse que vai disponibilizar o celular para a investigação. O vereador que divulgou isso pegou somente a parte que interessava usando para política”, se defendeu.
O Projeto
O projeto de lei foi elaborado pela Prefeitura de Jardim enviado no dia 12 de março à Câmara. Agora, está em análise nas Comissões pertinentes. A emenda citada foi encaminhada a Comissão de Constituição e Justiça.
A proposta terá duas discussões e votação em duas sessões extraordinárias na próxima semana.