O fechamento radical das fronteiras garantiu ao Paraguai o melhor desempenho da América do Sul no controle do coronavÃrus, com baixo número de contaminação e menos de 10 mortes. A medida afeta mais de 40 mil trabalhadores na região de Pedro Juan Caballero, cidade separada de Ponta Porã, municÃpio de MS, por uma avenida, mas não parou o narcotráfico nem o contrabando, como provam as apreensões em território sul-mato-grossense.
Agora, comerciantes da fronteira pedem a reabertura parcial também para quem trabalha legalmente. As rotas criminais, que usam Mato Grosso do Sul como principal corredor para chegar aos maiores mercados brasileiros, continuam escancaradas.
Operações da PRF (PolÃcia Rodoviária Federal) e do DOF (Departamento de Operações de Fronteiras) nos últimos dias revelam que as porteiras continua abertas para entorpecente e muamba, produtos que entram ilegalmente para serem vendidos no Brasil sem pagar impostos, como cigarro e eletrônicos.
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Enquanto isso, empresários paraguaios ligados ao comércio na fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã querem a abertura flexibilizada e controlada na Linha Internacional. A proposta foi apresentada pelo membro da Câmara de Comércio, Tomás Medina, ao ministro do Interior, Euclides Acevedo.
Segundo representante da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero, cerca de 40 mil pessoas são dependentes economicamente dependentes da atividade comercial na região e estão aguardando uma decisão das autoridades paraguaias.
Medina argumentou que do lado brasileiro as atividades comerciais estão flexibilizadas, mas para que haja um aquecimento econômico é preciso uma tomada de posição das autoridades paraguaias.
Na avaliação do representante Câmara de Comércio, a proposta que já conta com o aval das autoridades brasileiras é permitir o acesso controlado do Brasil ao Paraguai, conforme o ABC Color. “Queremos uma flexibilização prudente e responsávelâ€, defendeu Medina.