Vizinhos relatam frieza de atirador que ainda voltou para conferir se ex estava morta.

. / José Pereira

Entre os aspetos que compõe a barbárie ocorrida em Dourados neste domingo (12/7), um detalhe que chama a atenção é a frieza com que o atirador executou seu ‘plano’. Rosemir Fernandes, 52, assassinou a ex-mulher, Lucineide Maria dos Santos Ortega, 51, feriu outras seis pessoas, entre elas crianças, e depois cometeu suicídio.

Após acertar Lucineide com um tiro nas costas e perseguir outra vítima até a esquina da rua Rangel Tôrres com a rua Olinda Pires de Almeida, ele ainda voltou “calmamente†até a calçada da casa para conferir se a ex-mulher estava mesmo morta.

Apesar de existir três estabelecimentos comerciais próximos da casa, não foram encontradas câmeras de segurança.

Essa entre outras ações violentas cometidas por Rosemir chocaram principalmente quem reside nas proximidades onde aconteceu o ataque, no Jardim Santa Brígida. Nesta segunda-feira (13/7), a equipe do Dourados News voltou ao local onde a ex-mulher do atirador e principal alvo, Lucineide, foi assassinada.

Três vizinhos aceitaram dar entrevista, mas preferiram não ter os nomes divulgados.

Segundo o relato, o homem não aparentava estar nervoso. Em menos de cinco minutos durante o ataque no bairro, Rosemir não gritou nem chegou a discutir com as vítimas. “Ele veio e fez isso tudo do nada. Ele voltou da esquina calmamente e ainda foi na calçada para conferir quem tinha morrido mesmoâ€, disse o filho da moradora.

Outros populares disseram ainda que a mulher estava morando na residência onde aconteceu os primeiros crimes há cerca de um mês e que poucas pessoas tinham entrado em contato direto com ela neste período. Neste tempo em que morou na residência na rua Rangel Torres não foi constatado qualquer histórico de violência doméstica.

Após o rastro de destruição neste primeiro momento, Rosemir passou ainda em dois lugares, feriu outra ex-companheira e depois se suicidou no altar de uma igreja. A Polícia Civil de Dourados também esteve no local pela manhã para dar sequência às investigações sobre o caso tratado como feminicídio.