Antes do acidente que matou a namorada de 21 anos, o estudante Ricardo França Junior, 24 anos, esteve duas vezes em conveniência no Bairro Cabreúva, onde ele mora e onde aconteceu a capotagem. A informação foi dada pelo dono do estabelecimento.
Em depoimento, o comerciante afirmou que na primeira vez, no meio da tarde daquele sábado, o jovem, que frequenta o local esporadicamente, comprou 4 cervejas da marca Petra de 600 ml, 30 cervejas da marca Heineken (não especificou o tamanho) e um sorvete. A testemunha se lembra que, como de costume, Bárbara esperava Ricardo no carro.
Cerca de três horas depois, o estudante voltou à conveniência e comprou mais 4 cervejas de 600 ml da marca Petra. À polÃcia, o dono da conveniência entregou dois comprovantes de pagamento em nome de Bárbara Moreira. Os canhotos mostram que o cartão de débito da moça foi passado à s 15h10 e à s 18h39 no estabelecimento.
Dolo - O inquérito policial foi concluÃdo no dia 17 de julho pelo delegado Ricardo Meirelles Bernardinelli, da 1ª Delegacia de PolÃcia Civil. Nesta quarta-feira (22), o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou o rapaz por homicÃdio doloso.
Embriaguez – Interrogatórios feitos com integrantes da das equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do Corpo de Bombeiros que foram acionadas para a ocorrência, corroboram com a tese de que o motorista estava bêbado.
Mais de um profissional relatou à polÃcia que o rapaz estava com os olhos avermelhados, fala arrastada e odor etÃlico. Uma enfermeira do Samu narrou que chegou a perguntar ao condutor se ele havia bebido e a resposta foi: “bebi meio-diaâ€. O sargento Corpo de Bombeiros, Julio Cesar Ramires, foi um dos que notou a embriaguez. Ele contou em depoimento que quando chegou ao local do acidente, o rapaz estava ensanguentado, abraçando uma moça caÃda no chão e gritava: “Bárbara, pelo amor de Deus!â€.
O bombeiro abordou o jovem, que de imediato pediu: “Olha ela! Olha ela!â€. O militar percebeu que a jovem já estava morta e explicou ao motorista que nada mais poderia ser feito. “Muito abalado, agitado e nervosoâ€, conforme descreveu o sargento, Ricardo “começou a bater a cabeça contra o chão†e precisou ser contido.
Para o militar, ainda segundo anotado no inquérito, Ricardo confirmou que havia feito uso de álcool. A resposta foi afirmativa também quando o bombeiro questionou se o casal estava sem o cinto de segurança.
No inquérito, não há a informação de exames que comprovem a embriaguez. Impacto – O acidente aconteceu pouco de depois das 20h do dia 11 de julho, na Rua 11 de Outubro, no Bairro Cabreúva. Ricardo conduzia um Pegeout 207, desrespeito o Pare no cruzamento com a Rua Santos Dumont, perdeu o controle da direção, bateu no muro de uma casa e capotou. Bárbara Wsttany Amorim Moreira foi arremessada para fora do veÃculo e morreu na chora, teve o crânio esmagado.
A violência foi tamanha que vários moradores se assustaram com o barulho do impacto, consta no relatório do inquérito. E, conforme o croqui elaborado pela PolÃcia de Trânsito na cena do acidente, o carro parou a cerca de 20 metros do local onde arrancou lixeira e bateu na parede.
Ricardo está preso desde o dia 12, depois que teve alta da Santa Casa. A defesa já ingressou com pedido de liberdade provisória e pela 2ª vez, o MPMS se manifestou contra.