Com o avanço das colheitas a comercialização do trigo gaúcho também avança, mas ainda muito lentamente, porque os agricultores querem antes conhecer a qualidade do grão e porque não precisam vender, por estarem capitalizados e porque os preços estão subindo. De acordo com a TF Agroeconômica, os negócios são feitos em pequenos lotes pontuais ao redor de R$ 1.200,00/t FOB. O preço de exportação recuou R$ 10,00/ton no porto gaúcho de Rio Grande para R$ 1.170,00/tonelada, equivalente a aproximadamente R$ 1.070,00t no interior, valor bem abaixo do que os moinhos oferecem. O relatório da Emater desta quinta-feira registra que o estado já colheu 2% de sua safra de 2,69 milhões de toneladas. Na maioria das regiões o trigo se desenvolve bem, com alguns bolsões tendo sido afetados pelas geadas, comenta.
Em Santa Catarina, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) eleva em 10,89% a produção do estado para 180,1 mil toneladas. Continuam as ofertas de trigo paranaense, sendo as mais competitivas a R$ 1.230/1.250 FOB, mais frete. Os moinhos catarinenses continuam procurando contratos para o final do mês em diante, pois a maioria tem estoques até emendar as safras, depois de comprar alguns lotes no PR e em SP, completa.
No Paraná, a Conab reduz em 0,93% a estimativa de produção do estado; negócios a R$ 1.300 spot, R$ 1.200 novembro. O mercado de trigo continua muito firme no Paraná, com negócios ocorrendo na faixa dos R$ 1.300,00 CIF para o disponÃvel e R$ 1.200,00 para entrega e pagamento em novembro na região dos Campos Gerais e do Norte. No Sudoeste preços ao redor de R$1.250,00 no disponÃvel. No Oeste, negociado a R$ 1.300,00 CIF, conclui.