Após virar notícia, idoso que vivia na rua em MS é achado pela família

​Aluízio de Souza - encontrado nas ruas de Jardim durante a tarde fria da última segunda-feira (17), quando a cidade - a 239 quilômetros de Campo Grande - registrava 9 °C - deve voltar para perto dos familiares até o fim desta semana. O idoso estava desabrigado, foi retirado do frio e levado para um hotel, onde recebeu abrigo e alimento.

A história do trabalhador rural foi publicada no Facebook. A ideia de publicar em uma rede social foi do professor Ilzo Audicio Meireles, de 40 anos, que tentou auxiliá-lo e convencer o idoso de sair da calçada onde dormia, com apenas uma manta fina. A notícia se espalhou, comoveu a população e o idoso foi retirado das ruas.

Publicada em diferentes grupos do Facebook, a história chegou aos familiares que moram em Bela Vista e em Dourados. Na noite dessa terça-feira (18), os contatos em busca de informações por Souza começaram e ele falou com parentes pela primeira vez depois de cinco anos.

"Graças a Deus a família foi localizada. Um irmão dele que mora em Dourados ligou e ficou de vir buscá-lo outro dia. Estamos muito felizes porque fui muito criticada por terem colocado a foto dele na internet, mas tenho o hotel há 24 anos e toda semana acolho quem precisa. Sempre fiz isso e nunca virou notícia, mas dessa vez a história chegou na família", destaca Syrlei Oliveira da Cunha, de 78 anos, dona do hotel onde o idoso continua hospedado.

De banho tomado, alimentado, com roupas limpas e aquecido, nesta quarta-feira (19), Aluízio, que saiu de Antônio João há cinco anos para trabalhar em uma fazenda em Maracaju, conta à equipe de reportagem do Jornal Midiamax que foi para as ruas depois de pedir demissão e ser deixado na cidade com R$ 300,00.

"Quando meu patrão me deixou em Maracaju resolvi vir para Jardim porque achei que seria mais fácil encontrar emprego, mas as coisas estão difíceis e acabei na rua", afirma.

Depois de falar com a família os planos são de recomeço. "Falei com meu irmão. quero arrumar um trabalho e ficar perto da minha família. Iria morrer se continuasse nas ruas e para lá eu não volto mais", afirma.