A PolÃcia Civil informou nesta terça-feira, dia 24 de novembro, que prendeu temporariamente Adriana Alves Dutra, funcionária do Carrefour envolvida na morte de João Alberto Silveira Freitas. Agente de fiscalização do estabelecimento, ela é a mulher que aparece de blusa branca nas imagens, junto dos seguranças agressores. Ela foi presa em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde reside.
Segundo a delegada Vanessa Pitrez, diretora do Departamento de HomicÃdios, a polÃcia acredita que a mulher teve participação decisiva nas agressões sofridas por João Beto, porque ela teria poder de comando sobre os dois seguranças.
Em gravações feitas no momento do espancamento, Adriana aparece filmando a cena. Um motoboy que registrou o crime afirma que foi ameaçado por ela.
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João, cidadão negro de 40 anos, foi morto espancado por dois seguranças, no último dia 19, véspera do Dia da Consciência Negra. Os dois seguranças, Magno Braz Borges, de 30 anos, e Giovane Gaspar da Silva, de 24, que também é PM temporário, foram presos em flagrante na noite do crime.
A PolÃcia Civil investiga se a agente de fiscalização mentiu sobre o caso. Adriana disse, no primeiro depoimento, que o policial militar preso pelo crime era cliente da loja – e não um funcionário da empresa de segurança contratada pelo supermercado. Também afirmou que não ouviu João Beto pedir ajuda. Veja as principais contradições apuradas no depoimento de Adriana.
Nesta segunda-feira (23), a PolÃcia Civil informou que sete pessoas são investigadas no inquérito que apura morte de João Alberto.
O crime
João foi assassinado após um desentendimento entre a vÃtima e uma funcionária do supermercado, que fica na Zona Norte da capital gaúcha.
A vÃtima teria falado algo e feito gestos para a fiscal, que chamou a segurança. João Beto fazia compras com a esposa, Milena Borges.
Os dois seguranças então conduziram João até o estacionamento. Ao chegar próximo, João desferiu um soco em um deles. Aà começaram as agressões. João foi derrubado no chão, levou socos e um dos seguranças chegou a ajoelhar sobre as costas dele. Uma análise preliminar do laudo de necropsia aponta a asfixia como provável causa da morte.