Parece filme de suspense americano, mas não é. RocÃo Soledad Chaparro Achar, uma paraguaia de 36 anos, residente em LÃmpio, a 23 quilômetros Assunção, no Paraguai, que érea considerada morta desde o dia 3 de dezembro, reapareceu. Acompanhada pelo namorado peruano José Alberto Risso Castillo, ela se apresentou na delegacia da cidade.
O caso ganhou repercussão no Paraguai e o marido de dela, o paraguaio Jonny Walker Cano, de 43 anos, chegou a ser preso, na terça-feira da semana passada, por suspeita de feminicÃdio. No banheiro de sua foram encontrados 17 dentes que poderiam pertencer à mulher.
Agentes da CriminalÃstica, HomicÃdios e da Direção Central de PolÃcia chegaram a vistoriar uma sepultura cavada no pátio de uma casa, segundo informações do ABC Color. O trabalho ainda teve que ser apoiado por bombeiros, pois o corpo da mulher teria sido enterrado sob os escombros.
Na cidade circulavam comentários macabros de que o marido teria assassinado a mulher, desmembrado o corpo e ficado com os dentes como lembrança macabra do crime. Entretanto, o acusado teria relatado para a polÃcia que os dentes eram seus e tinham sido retirados porque sofre de uma doença que deteriora a gengiva.
A história, porém, não convenceu promotora Sandra Ledesma, que manteve sua prisão. Ele só foi liberado 24 horas depois, na noite de quarta-feira, após ter sido levado ao Ministério Público, quando conseguiu comprovar a doença.
Aos policiais a ‘morta-viva’ relatou que ficou sabendo do caso depois que uma amiga lhe enviou uma mensagem e que ela era considerada desparecida e que estava residindo no centro da cidade desde o dia 3 de dezembro, com o namorado peruano.
Depois que o casal se reapresentou à polÃcia, o Ministério Público suspendeu a busca pelo corpo e foi ordenada a prisão de ambos. A situação judicial dos dois está sendo analisada pelas autoridades paraguaias. Ela pode responder por violação do dever de cuidado ou abandono e ele, por estrangeiro, pode ser expulso do PaÃs.