Familiares de menina, de 11 anos, procuraram a polícia para registrar caso suspeito de estupro por parte de um homem contra a enteada, de 11 anos. Mãe e avô da criança estiveram na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), na tarde desta quarta-feira (13), onde afirmaram que a menina era abusada sexualmente pelo padrasto, há cerca de 5 anos.
O casou foi descoberto pelos responsáveis da garoto após a vítima revelar o abuso a familiares. A menina contou a esposa de um tio, com quem mora, que o suspeito usava violão comprado de presente a ela para chantagear e estupra-la.
"Ele deu o violão pra ela, só que ficava mais com ele e ele fazia chantagem com ela", diz o avó de menina, que não será identificado. Segundo ele, o padrasto ameaçava dizendo que se ela não fizesse o que ele mandava, não poderia usar o instrumento.
O familiar contou ainda que, há pelo menos dois anos, pessoas em volta da vítima começaram a perceber mudanças em seu comportamento. “De uns meses para cá ela começou a desenvolver uma empatia de não querer ficar com mãe e nem o padrasto, porque a cabeça dela foi formalizando que aquilo não era certo", cita o avô.
Por isso, atualmente, a menina estava morando com os tios. Ainda segundo ele, um ano após início dos abusos, quando a menina estava com 7, a mãe chegou a perceber algo de errado e, ao perguntar para a filha, descobriu que o pai “passava as mãos” pelo seu corpo. Porém, na época, a mulher chegou a colocar vítima frente à frente, momento em que o homem negou qualquer situação.
O avô relou também, que a filha e o suspeito estão separados há cerca de cinco meses, por isso, acredita-se que o último abuso tenha acontecido antes deste período.
Boletim de ocorrência foi registrado, esta tarde. Outras duas crianças, de 6 e 3 anos, filhas do suspeito, foram ouvidas pela polícia. A intenção é saber se as meninas também foram vítimas do pai.
À reportagem, o avô falou ainda a criança chegou a passar por exame de corpo de delito, no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), que constatou indícios de tentativa de penetração, no corpo da vítima. Para ele, os abusos aconteciam após momentos de bebedeira do ex-genro, quando a mãe se ausentava para dormir.