No período de 6 a 10 de setembro, a entrada do Tribunal de Justiça de MS exibirá a bandeira do Brasil Império, hasteada em seu mastro principal, em alusão ao 7 de setembro de 1822, data da declaração de independência do Brasil, como sinal de reconhecimento ao ideais libertários e de respeito à Constituição.
A homenagem foi determinada pelo presidente do TJMS, Des. Carlos Eduardo Contar. Este tributo tem o intuito de contribuir para a celebração do ducentésimo aniversário de Independência do Brasil, a realizar-se em 7 de setembro de 2022.
A bandeira Imperial do Brasil, que vigorou de 1822 a 1889, teve duas versões. As duas tinham fundo verde com o losango amarelo. O verde remete à Casa de Bragança, dinastia de Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil. Já o amarelo remete à Casa de Habsburgo, dinastia da primeira esposa de Dom Pedro, Imperatriz Da. Leopoldina.
Porém, a primeira, que vigorou de 18 de setembro a 1º de dezembro de 1822, possuía ao centro um brasão com uma coroa dourada de fundo vermelho (semelhante à da bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves).
Em 1º de dezembro de 1822, por meio de um decreto, Dom Pedro I fez algumas modificações na primeira versão da bandeira imperial. A principal mudança foi o fundo da coroa que mudou de vermelho para verde. Assim, ficava definida a coroa imperial sobre o escudo do brasão.
Este brasão consistia num escudo verde, tendo ao centro a esfera armilar e a Cruz da Ordem de Cristo (em vermelho). Havia também um aro de fundo azul com 20 estrelas brancas (representando as províncias brasileiras). Sobre o escudo estava disposta a coroa imperial. Do lado esquerdo havia um ramo de café e do lado direito um de tabaco.
A bandeira do Brasil Imperial foi criada em 1822 pelo desenhista, pintor e professor francês Jean-Baptiste Debret. Vale lembrar que José Bonifácio de Andrada e Silva, também conhecido como “o Patriarca da Independência”, ajudou Debret na elaboração do projeto da bandeira do Brasil Império.
Saiba mais – Em 1815, um ano após a derrota de Napoleão e obrigado a justificar sua permanência na colônia, o príncipe regente Dom João elevou o Brasil à condição de reino unido de Portugal e Algarves.
Com a morte de Dona Maria I, Dom João tornou-se rei e, em 1821, se viu forçado a retornar a Lisboa, deixando seu filho mais velho, Dom Pedro de Alcântara Bragança, como príncipe regente. Com a volta de Dom João, cresceu a pressão dos portugueses para que o Brasil retornasse ao status de colônia. Mas o patamar econômico já alcançado aqui não permitiria o rebaixamento. Ao contrário, levaria à independência do Brasil do domínio português.
No 7 de setembro é celebrado o Dia da Independência do Brasil. Uma data imortalizada na história nacional e que remete a 1822, quando às margens do Rio Ipiranga, na Província de São Paulo, e cercado pela guarda imperial, Dom Pedro I proclamou o Brasil independente de Portugal.
TJMS