Onda de assaltos em pontos de ônibus assusta trabalhadores no Caiobá logo cedo

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Roubos no início da manhã, principalmente das 5h às 7h, em pontos de ônibus voltaram a provocar medo nos moradores da região do Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande, depois de série de assaltos em dois dias consecutivos.

Apesar da reclamação, não há boletins de ocorrência sobre o fato nos últimos 15 dias na 6ª DP, delegacia que atende a região. A Polícia Militar afirma que os registros são importantes para o planejamento policial. "Vou dar um conselho, foi roubado faz o B.O, caso contrário a polícia não vai saber o que vem acontecendo em nosso bairro", escreveu um internauta ao cometar a reportagem divulgada ontem pelo jornal comunitário.

Morador há 5 anos na região, o auxiliar de depósito Wender Sérgio Souza de Oliveira, 48 anos, pega ônibus todo dia na Rua Cibeli, por volta das 5h30. Ele contou que ainda não foi vítima, mas a esposa do amigo dele foi assaltada dia desses próximo ao ponto. Levaram o celular dela.“Tenho medo, porque saio muito cedo de casa. Fico olhando para os lados e cuidando. Eles sempre andam de dois e, na maioria das vezes, armadosâ€, contou.

Segundo Wender, a Polícia Militar é presente no bairro, mas acha que as rondas deveriam acontecer também nas primeiras horas, não só durante o dia e à noite. “Bem cedinho você não vê policiamento aquiâ€, lamentou.

Compartilha da mesma opinião a diarista, Marilu Coimbra Ramos, 55 anos, que pega ônibus por volta das 6h30, na Rua Cachoeira do Campo, uma das ruas principais do bairro. Ela conta que mora há 9 anos na região, na Vila Fernanda, e por sorte nunca foi assaltada ali. Eu nunca fui vítima de roubo aqui, mas minhas amigas já foram, principalmente quem pega o primeiro ônibus, por volta das 5h.

“Esse horário é perigoso, ainda está escuro e não tem movimentação de pessoas. Eu tenho muito medo, ficou preocupada. Evito ficar com o celular nas mãos, quando vejo alguma pessoa suspeita meu coração dispara, o corpo gela. Acho que deveria ter um posto policial aqui no Caiobáâ€, reclamou.

A estudante Ariane do Nascimento, 20 anos, tem medo tanto na ida quanto na volta, quando desce no ponto. “Desço com medo, fico preocupada. Tenho medo de um dia acontecer comigoâ€, disse. Dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostram que do dia 1º até ontem (20), foram registrados na cidade 164 crimes dessa natureza. A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar para saber informações sobre o policiamento na região e aguarda retorno.

 

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