Os aposentados e pensionistas de Mato Grosso do Sul têm agora mais uma ferramenta de proteção. Foi publicada hoje, 11, no Diário Oficial de MS a Lei 5.750/2021, de autoria do deputado Evander Vendramini (Progressistas), que proÃbe as instituições financeiras de oferecer ou celebrar, por telefone, todo e qualquer tipo de contrato, serviços ou produtos na modalidade de consignação junto a aposentados ou pensionistas.
De acordo com o texto, as instituições financeiras, correspondentes bancários e sociedades de arrendamento mercantil em atividade no Estado do Mato Grosso do Sul ficam proibidas de realizar qualquer atividade de telemarketing ativo, oferta comercial, proposta, publicidade ou qualquer tipo de atividade tendente a convencer aposentados e pensionistas a celebrar contratos de empréstimo de qualquer natureza.
As instituições também ficam proibidas de celebrar contratos que não tenham sido expressamente solicitados pelos beneficiários aposentados e pensionistas através de ligação telefônica. Com isso, somente serão válidos os empréstimos com aposentados e pensionistas realizados mediante a assinatura de contrato com apresentação de documento de identidade idôneo, não sendo aceita autorização dada por telefone e nem a gravação de voz reconhecida como meio de prova de ocorrência. A contratada fica obrigada a enviar as condições do contrato por e-mail, e em caso de impossibilidade, por via postal ou outro meio fÃsico que possibilite o correto acompanhamento dos termos do contrato.
Para o parlamentar, as ligações constantes são um incômodo para quem as recebe e uma invasão de privacidade. As pessoas não têm paz em suas casas. Eu mesmo, no dia em que me aposentei, por incrÃvel que pareça, recebi uma ligação oferecendo consignado. Me pergunto: como eles têm acesso a essas informações? Quem as fornece?, indagou.
Evander afirma ainda que a nova legislação trará mais tranquilidade aos aposentados e suas famÃlias. Essa lei vai proteger os nossos aposentados, que, por ingenuidade, muitas vezes são lesados, caindo nos mais diversos golpes. Eles aceitam contratos por telefone sem ao menos entender do que se trata e, quando veem, estão com boa parte do salário comprometido, apontou o autor da lei.