O ano de 2021 foi marcado por feminicÃdios com marcas de crueldade que vão além do crime em si e se estendem até pela forma como as vÃtimas foram encontradas após serem mortas – na maioria dos casos por seus ex-companheiros. Só no mês de agosto, três das 34 vÃtimas em Mato Grosso do Sul foram encontradas mortas e enterradas. Os municÃpios do interior foram responsáveis por 94% dos casos, segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).
Entre o dia 1º de janeiro e esta quarta-feira (29), foram registrados 34 feminicÃdios em Mato Grosso do Sul – 32 deles em cidades do interior e dois na Capital. A primeira vÃtima de 2021 foi a moradora da Aldeia IndÃgena Taquapery Maristela Lescano, de 34 anos, em Coronel Sapucaia, a 380 quilômetros da Capital, no oitavo dia do ano. O marido dela, Anelson Lescano Montania, de 23 anos, confessou ter assassinado a indÃgena com golpes de caibro ao vê-la com outro homem em casa. Maristela tinha cortes na cabeça e nas costas, e o autor não falava português, além de estar embriagado.
O mês de agosto foi o que mais registrou assassinatos de mulheres em 2021. No dia 5, Elisiane Ferreira da Silva Alves, de 39 anos, foi encontrada após ficar quatro dias desaparecida, em Chapadão do Sul, a 330 quilômetros da Capital. O corpo dela estava enterrado em uma fazenda e o marido, de 34 anos, foi preso após ameaçar e tentar invadir a casa de sua irmã. Contudo, na delegacia, ele confessou o assassinato. Elisiane estava na cidade há dois anos e nasceu no estado de Alagoas.O ano de 2021 foi marcado por feminicÃdios com marcas de crueldade que vão além do crime em si e se estendem até pela forma como as vÃtimas foram encontradas após serem mortas – na maioria dos casos por seus ex-companheiros. Só no mês de agosto, três das 34 vÃtimas em Mato Grosso do Sul foram encontradas mortas e enterradas. Os municÃpios do interior foram responsáveis por 94% dos casos, segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).
Entre o dia 1º de janeiro e esta quarta-feira (29), foram registrados 34 feminicÃdios em Mato Grosso do Sul – 32 deles em cidades do interior e dois na Capital. A primeira vÃtima de 2021 foi a moradora da Aldeia IndÃgena Taquapery Maristela Lescano, de 34 anos, em Coronel Sapucaia, a 380 quilômetros da Capital, no oitavo dia do ano. O marido dela, Anelson Lescano Montania, de 23 anos, confessou ter assassinado a indÃgena com golpes de caibro ao vê-la com outro homem em casa. Maristela tinha cortes na cabeça e nas costas, e o autor não falava português, além de estar embriagado.
O mês de agosto foi o que mais registrou assassinatos de mulheres em 2021. No dia 5, Elisiane Ferreira da Silva Alves, de 39 anos, foi encontrada após ficar quatro dias desaparecida, em Chapadão do Sul, a 330 quilômetros da Capital. O corpo dela estava enterrado em uma fazenda e o marido, de 34 anos, foi preso após ameaçar e tentar invadir a casa de sua irmã. Contudo, na delegacia, ele confessou o assassinato. Elisiane estava na cidade há dois anos e nasceu no estado de Alagoas.A 313 quilômetros dali, em Sonora, um homem de 35 anos também foi preso, no mesmo dia (5), acusado de ter cometido feminicÃdio. LaÃs de Jesus Cruz, de 29 anos, era esposa do autor e foi encontrada, já sem vida, enterrada em uma fossa nos fundos da residência do casal. Ela já havia registrado boletim de ocorrência dizendo que o autor era conturbado e violento, e que já tinha sido agredida fisicamente por ele.
No dia 19 do mesmo mês, Felipa Moreno Ojeda, de 33 anos, também foi encontrada morte e enterrada em uma cova, no quintal de casa, em Ponta Porã, fronteira com o Paraguai. A irmã de Felipe comunicou a polÃcia do desaparecimento no dia 16 de maio. Ao questionar o cunhado, o suspeito da morte – o ex-marido – entrou em contradição sobre o paradeiro da mulher, alegando que ela havia viajado e posteriormente ido embora de casa em uma caminhonete. O suspeito possui uma extensa ficha criminal, incluindo diversos boletins de ocorrência de agressão contra a ex-esposa, e segue foragido.