O ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revogou o bloqueio do Telegram no Brasil. A plataforma anunciou as seguintes medidas para combater a desinformação:
monitoramento diário dos 100 canais mais populares do Brasil;
acompanhamento diário das principais mÃdias brasileiras;
marcação de postagens especÃficas em canais como imprecisas;
restrições de postagem pública para usuários banidos por espalhar desinformação;
atualização dos Termos de Serviço;
análise legal e de melhores práticas; e
promover informações verificadas.
“Considerado o atendimento integral das decisões proferidas em 17/3/2022 e 19/3/2022, revogo a decisão de completa suspensão do funcionamento do aplicativo, proferida em 17/3/2022â€, justificou o ministro Alexandre de Moraes ao revogar a suspensão do Telegram.
O CEO do Telegram, Pavel Durov, se desculpou novamente com o STF pelo atraso na resposta à s solicitações da corte. Pavel afirmou que o endereço de e-mail para onde o pedido do STF havia sido encaminhado é utilizado para dúvidas gerais dos usuários e que, desde o inÃcio dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, está sobrecarregado e neste perÃodo já recebeu mais de 3 milhões de e-mails.
“Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu proibir o Telegram por não responder. Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderÃamos ter feito um trabalho melhorâ€, afirmou Durov em pedido de desculpas anterior.
As preocupações com a circulação de desinformação aumentaram muito nos últimos anos, e em ano de eleição essas preocupações são ainda mais latentes. Alguns especialistas apontam que o Telegram pode ser um dos principais canais de disseminação de desinformação durante este perÃodo eleitoral. Vem daà as exigências feitas pelo ministro Moraes, relator do “inquérito das fake news†que tramita no STF já há alguns anos.
Atendendo a um pedido da PolÃcia Federal, o STF determinou a suspensão da plataforma. A PF justificou o pedido afirmando haver falta de cooperação do Telegram, que até a decisão para o bloqueio, havia cumprido parcialmente as decisões judiciais contra donos de perfis acusados de disseminar desinformação e promover ataques à corte.