Após o fim do perÃodo da janela partidária, quando parlamentares podem trocar de partido antes das eleições, a cientista polÃtica Deyse Cioccari vê o governo Bolsonaro sair fortalecido diante de um novo desenho polÃtico. “Uma das bases da ciência polÃtica é a ideia de quem está no poder quer se manter no poderâ€, explica, em entrevista à CNN.
Segundo ela, o ganho de cadeiras pelo “Centrão†vai impactar também as eleições regionais de 2022: “Com as mudanças, o que deve ocorrer nos estados é quem estava se aproximando da esquerda manter-se mais neutro até o desenrolar das campanhas, ou mesmo se aproximar do governo Bolsonaro.â€
Ela cita a ida do ex-juiz Sergio Moro ao partido União Brasil como exemplo de cenário impactado pelas polÃticas regionais.
“Ele entra em um partido achando que vai disputar a presidência, mas o partido tem sua dinâmica própria, tem ACM Neto defendendo uma neutralidade para garantir a eleição regional também.â€
Para Cioccari, essas movimentações partidárias não refletem no eleitor “comumâ€, que tomará suas decisões mais próximo do pleito: “O trabalhador, as pessoas comuns, não estão acompanhando esse movimento. O que precisamos estar atentos é à s movimentações das campanhas nos estados com esse novo desenho.â€
Terceira via
Questionada se ainda há tempo para um nome forte romper a polarização entre o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula, Cioccari avalia que o problema não é tempo.
“O grande problema da terceira via não é um nome, mas uma proposta, a gente não tem visto propostas serem discutidas, só vê nomes. Não adianta colocar nomes para a terceira via se esse nome não estiver articulado o suficiente com uma proposta que vá beneficiar a populaçãoâ€, conclui.
Bancada de cada partido após a janela partidária
PL: 73
PT: 56
PP: 50
União Brasil: 47
Republicanos: 45
PSD: 43
MDB: 35
PSDB: 27
PSB: 25
PDT: 20
Bloco PSC/PTB: 17
Solidariedade: 11
PROS: 9
PSOL: 9
Podemos: 8
NOVO: 8
Avante: 8
PCdoB: 7
Cidadania: 7
Patriota: 4
PV: 3
REDE: 1