Bandidos invadem agĂȘncia no Centro de Campo Grande e furtam quase R$ 450 mil

. / MIDIA MAX

AgĂȘncia bancĂĄria localizada na Rua Marechal Rondon, em Campo Grande, foi alvo de furto, no fim de semana, por uma quadrilha especializada que contava com ajuda de funcionĂĄrio de uma empresa de segurança. O homem, de 35 anos, acabou preso em Aparecida do Taboado e confessou tambĂ©m furtos em outras agĂȘncias, casos inclusive investigados pela PolĂ­cia Federal.

Um trabalhador que prestava serviços de pintura na agĂȘncia, na parte superior do prĂ©dio do banco, acionou o gerente avisando que a janela do banheiro dos clientes estava arrombada. O banheiro ficava voltado para o estacionamento do prĂ©dio e Ă© um local sem cĂąmeras de monitoramento ou sistema de alarme.

Assim, o servidor verificou um buraco na parede do banheiro, que dava exatamente para a parte de trĂĄs do cofre central da agĂȘncia. O cofre foi cortado e dinheiro foi levado do local, ao todo R$ 449.751,00. Imagens de cĂąmeras foram analisadas e foi possĂ­vel verificar que ao menos quatro pessoas atuaram no furto.

Técnico de sistema de segurança foi preso
ApĂłs o furto, Garras (Delegacia Especializada de RepressĂŁo a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros) foi acionado e identificou que os autores arrombaram a janela, entraram no banco e quebraram a parede do banheiro exatamente no local onde ficava o cofre. Depois, usaram uma serra de corte para violar o cofre e fugiram com o dinheiro. Na fuga teriam sido usados dois carros, um Prisma cinza e um Palio Weekend branco. Policiais do Garras conseguiram identificar uma casa no Coophavila, onde um dos veĂ­culos estava estacionado. No entanto, foi apurado ainda que o morador tinha viajado para Aparecida do Taboado.

Outra equipe foi atĂ© a cidade do interior, onde o acusado foi encontrado e preso em flagrante. O suspeito confessou toda a prĂĄtica do crime e ainda deu detalhes de como o furto era cometido, relembrando ainda outro caso em 2021, em que foram levados quase R$ 700 mil de uma agĂȘncia em Aquidauana.

Mapeava as agĂȘncias
O acusado contou em interrogatĂłrio que trabalha para uma empresa terceirizada, que presta serviços para o banco. Ele jĂĄ trabalha em empresas de segurança desde 2011, sempre atuando em agĂȘncias bancĂĄrias. Foi no serviço que conheceu um dos comparsas. Assim, passou a ser responsĂĄvel por mapear as agĂȘncias.

Com o serviço, o tĂ©cnico filmava os locais e identificava onde estavam os alarmes e as cĂąmeras de segurança. Por isso, os criminosos conseguiam furtar as agĂȘncias sem levantar suspeitas. Ele revelou que o grupo tentou furtar uma agĂȘncia na Via Park em 2020, mas nĂŁo teve sucesso.

Depois, passou mapeamento de agĂȘncias em ParanaĂ­ba e Maracaju, que tambĂ©m nĂŁo teriam dado certo. O suspeito alegou que nĂŁo participava dos furtos ativamente. No caso de Aquidauana, ele teria ficado como motorista, sendo que foram levados aproximadamente R$ 700 mil da agĂȘncia, de acordo com a polĂ­cia. O caso Ă© investigado pela PolĂ­cia Federal.

Comprou casa e viajou
Com lucro de R$ 170 mil do Ășltimo furto, o tĂ©cnico disse que comprou a casa em que mora no Coophavila e viajou com a famĂ­lia para praias de Santa Catarina. JĂĄ do furto no fim de semana em Campo Grande, usou parte do dinheiro para quitar dĂ­vidas, mas ainda teria aproximadamente R$ 50 mil guardados em casa.

Nesta quarta-feira (6), foi decretada a prisão preventiva do acusado, que segue investigado pela Polícia Federal por participação nos outros crimes.