Bolivianos ingerem 150 cápsulas de cocaína e tentam entrar na fronteira do Brasil

. / CORREIO DO ESTADO

Antes de conseguirem ingressar no Brasil, por Corumbá, dois bolivianos foram presos em fiscalização de rotina da Receita Federal no Posto Esdras. Eles haviam ingerido, juntos, 150 cápsulas com cocaína.

Os jovens chegaram na área de fronteira da Bolívia com o território brasileiro por volta das 22h30 deste domingo (8), a bordos de um táxi com placas do país vizinho. 

Por conta do horário, esperavam atravessar a fronteira sem passar por fiscalização da Polícia Federal.

Ao cruzarem o posto de fiscalização, que a partir do mês passado passou a contar com auditores da Receita após remanejamento de dois servidores para a região, eles foram abordados para fiscalização. 

Após demonstrarem nervosismo com a abordagem inesperada, servidores da Receita, com apoio de policiais militares de plantão, desdobriram que ambos estavam com 22 cápsulas que continham cocaína.

A droga estava escondida na bagagem dos bolivianos de 19 e 21 anos. Eles, depois, assumiram que também haviam ingerido o mesmo tipo de cápsula. 

Um estava com 80 cápsulas, enquanto o outro, 60. Se conseguissem acessar o Brasil, eles receberiam R$ 1,5 mil, o mais jovem, e R$ 700 o outro. 

Ambos não declararam qual seria o destino deles.

A Polícia Federal foi acionada e ambos acabaram presos por tráfico internacional de drogas. 

Eles foram encaminhados para a Delegacia da PF em Corumbá para registro de boletim de ocorrência e agora são acompanhados na Santa Casa local para expelirem as cápsulas de cocaína.

Inquérito a ser instaurado vai apurar quem foi o mandante que contratou os dois bolivianos para realizar esse tipo de transporte, chamado de “mula”. 

Os suspeitos envolvidos no caso, além de cometerem o crime de tráfico de drogas, ainda correm o risco de morte porque caso a cocaína entre em contato com o corpo, no estômago, pode causar reações e gerar problemas de saúde grave.

Neste final de semana, na Bolívia, em região há cerca de 600 km de Corumbá, a Força Especial de Luta contra o Narcotráfico (Felcn) divulgou que interceptou um megalaboratório de produção de cocaína. 

O local ocupava 5 hectares no Parque Noel Kempff Mercado, ficando em área de fronteira com o Brasil, área entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

O acesso a esse região só é possível por aeronave, pouco mais de 1h de voo a partir de Corumbá, ou por meio fluvial, com mais de 40 minutos de viagem.

Nessa estrutura, entre 100 kg e 150 kg de cocaína podiam ser produzidos e um dos insumos utilizados era o acetato de etila. 

Esse produto vem sendo apreendido pela Polícia Federal na região de Corumbá desde o ano passado, em tentativas de exportação sem documentação exigida.

Além do laboratório, no sábado (7), um helicóptero que pode ser brasileiro, conforme autoridades bolivianas, caiu em fazenda no município de San Ignácio de Velasco, a 570 km de Corumbá. 

A aeronave transportava 270 kg de cocaína e era pilotada por um paraguaio, ex-integrante do Exército daquele país. O governo boliviano o identificou como Javier Escobar Britez.