O Brasil não conseguiu que o governo de Joe Biden fechasse um compromisso para retirar barreiras contra o aço nacional e que foram estabelecidas ainda nos meses que antecederam às eleições nos EUA, por Donald Trump. O tema era uma das esperanças do Brasil em Los Angeles, durante a Cúpula das Américas. Mas fontes do alto escalão do Ministério da Economia informaram à coluna que não houve uma promessa e nem um aceno de que as tarifas seriam retiradas. No Itamaraty, diplomatas também confirmaram que os contatos técnicos aconteceram. Mas que os americanos não aceitaram, pelo menos por enquanto, fazer qualquer gesto. O máximo que o Brasil obteve foi uma indicação de que o tema poderia voltar a entrar na agenda. Mas sem qualquer compromisso de que a barreira seja retirada. A impressão dentro do Itamaraty é de que Biden apenas aceitou o encontro com Bolsonaro para salvar uma cúpula que estava ameaçada de ser esvaziada. Mas sem que isso significasse qualquer concessão, muito menos em uma área estratégica como a siderurgia. Mesmo assim, Bolsonaro afirmou que ficou "maravilhado" com o encontro com Biden e descreveu a reunião como "fantástica".