Os casos de dengue no MunicÃpio de Campo Grande têm se mantido estáveis nos últimos meses, sendo o último pico registrado em maio. Os dados positivos resultam de ações estratégicas que vem sendo desenvolvidas pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), como a campanha Mosquito Zero e o Método Wolbachia, além do trabalho de rotina realizado pela Coordenadoria de Controle de Endemias (Vetoriais).
A primeira edição da campanha deste ano foi lançada no mês de maio e concluÃda com mais de 87 mil imóveis inspecionados,  59.221 depósitos removidos e 2.239 focos do mosquito Aedes aegypti encontrados e eliminados. Os dados epidemiológicos da Sesau abaixo evidenciam o resultado do trabalho realizado, com uma queda expressiva no número de notificações por dengue no MunicÃpio de Campo Grande.
Apesar dos números serem positivos, existe a preocupação com um aumento de proliferação do mosquito e, consequentemente, de casos da doença nos meses de janeiro a março, em razão do perÃodo de chuvas passageiras e forte calor, ocorrências tÃpicas do Verão.
Como uma forma de prevenir um possÃvel aumento, a Sesau lançou no mês de novembro a segunda edição da campanha Mosquito Zero. A previsão é de que os trabalhos se estendam até o final do mês de fevereiro, concluindo as sete regiões urbanas do MunicÃpio.
“É necessário que a população se conscientize sobre a importância de cada um de nós fazer a sua parte, considerando que 80% dos focos ainda são encontrados deste das residências. Por isso não basta o Poder Público somente estar empenhado, é preciso o envolvimento de toda a sociedade nesta guerraâ€, destaca o secretário municipal de Saúde, Dr. Sandro Benites.
A mobilização teve inÃcio pela região Segredo e seguiu para as regiões Anhanduizinho e Bandeira, onde os trabalhos se concentram até a próxima semana.
Além do trabalho de manejo e orientação realizados pelos agentes, na região foram instalados dois pontos de descarte para que os moradores possam se desfazer de materiais inservÃveis de pequeno e grande volume acumulados em casa, como móveis inutilizados, carcaça de eletrodomésticos e eletrônicos, pneus e outros objetos que possam acumular água. Não é permitido o descarte de entulhos, restos de materiais de construção e podas de árvores.
Os pontos estão instalados na Rua Camaçari entre as Ruas Oeiras e Aroazes, na Moreninha II, e na Rua Mandacaru entre as Ruas Samburá e Mururé, Moreninha III.
Conforme a primeira parcial registrada do dia 03 de novembro a 14 de dezembro foram inspecionados 21 mil imóveis, 11,5 mil depósitos/criadouros descartados e 524 focos eliminados.
Do dia 01 de janeiro a 22 de dezembro foram notificados 16.055 e confirmados 8.255 casos, além de sete óbitos por dengue em Campo Grande. Neste mesmo perÃodo foram confirmados apenas 1 caso de Zika e 130 de Chikungunya.
Método Wolbachia
O Método Wolbachia está em sua 6ª e última fase de soltura nos últimos 10 bairros e em breve 100% da cidade será contemplada pelo método. Nesta semana, o secretário Dr. Sandro Benites visitou a Biofábrica do método em Campo Grande e destacou a importância da estratégia no combate as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
“Esse método tem contribuÃdo muito na redução de casos da doença na Capital. Parabéns a todos os profissionais desenvolvidos nesse trabalhoâ€, disse.
Além de Campo Grande, o método Wolbachia é desenvolvido no Brasil nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Petrolina (PE) e em Belo Horizonte (BH). Recentemente um estudo internacional atestou a eficácia do método no combate às arboviroses, evidenciando os resultados obtidos na cidade do Rio de Janeiro.
ConcluÃda a fase de soltura, haverá um perÃodo de monitoramento ainda a ser realizado para medir os Ãndices e resultados obtidos em Campo Grande com o método que deverão ser posteriormente divulgados.