O policial militar ambiental, Lúcio Roberto Queiroz, foi condenado, nesta terça-feira (31), a 32 anos e oito meses de prisão, pela morte da ex-mulher e de um rapaz, que ele atribuiu como amante dela, em outubro de 2019, em ParanaÃba. No entanto, laudo médico apontou que o réu seria semi-imputável.Â
Lúcio, durante o processo, confessou que matou a mulher, Regianni Rodrigues de Araújo, e o corretor Fernando Enrique Freitas. Ele recebeu imagens que comprovaria um caso entre a esposa e Fernando e, irritado, matou os dois a tiros.
O crime foi cometido na frente de um dos filhos, à época com nove anos.Â
Fernando e Regianni seriam amantes e foram mortos pelo policial. (Foto: Redes sociais)
ProcessoÂ
O julgamento ocorreu no fórum local e teve grande aparato de segurança. O Ministério Público Estadual denunciou o militar por duplo homicÃdio qualificado, em razão de motivo torpe e sem chances de defesa à vÃtima, além da qualificadora de feminicÃdio.Â
Durante a sessão do Tribunal do Júri, foram ouvidas duas testemunhas, sendo duas de acusação e duas de defesa. O PM, no julgamento, chegou a pedir perdão aos parentes das vÃtimas, segundo o site RCN67.Â
Apesar da denúncia, a qualificadora de feminicÃdio foi descartada. O PM, diz o site local, também foi condenado à perda do cargo e do poder familiar, sendo que terá de pagar R$ 30 mil para ascendentes e descendentes das vÃtimas.Â
Lúcio Roberto vai iniciar a pena em regime fechado. Ele já estava recolhido no PresÃdio Militar em Campo Grande.Â
Julgamento teve grande esquema de seguraça. (Foto: Talita Matsushita - RCN67)
LaudoÂ
O julgamento deveria ser realizado em 2021. No entanto, foi remarcado, em razão de um laudo de insanidade mental, apresentado pela defesa. O atestado  relata que o policial possui perda parcial da compreensão da conduta ilÃcita e da capacidade de autodeterminação, sendo recomendado tratamento para controle dos impulsos e terapia.Â
Tentamos contato com o advogado de Lúcio Roberto, José Roberto Rosa, mas não houve retorno.Â
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